Por Barani Krishnan, do Investing.com – O petróleo segue para a melhor performance em cinco semanas nesta sexta-feira, depois que quedas desmedidas nos EUA, desde o petróleo passando por gasolina e diesel, orientaram os bulls do mercado de volta a um caminho positivo.
O petróleo West Texas Intermediate negociado em Nova York e o Brent de Londres registraram ganhos modestos em julho, estendendo a orientação positiva do petróleo no quarto mês consecutivo.
Às 16h10, o WTI subia 30 centavos, ou 0,4%, a USS$ 73,92 por barril. O benchmark norte americano subiu 2,6% na semana, cravando a melhor de cinco semanas. Em relação a julho, também apresentou ganho de 0,7%.
O Brent, referência global para petróleo, subia 21 centavos, ou 0,3%, para US$ 75,31 no dia. Na semana, o Brent apresenta alta de 1,8%. Se isso durar até o fechamento, será a melhor semana em seis. Em julho, o Brent apresentou ganho de 0,4%.
Após um suave início na semana, a alta do petróleo foi retomada pelos dados da Administração de Informação de Energia mostrando uma queda no estoque de petróleo de 4,089 milhões de barris durante a semana terminada em 23 de julho, em comparação com as expectativas dos analistas de uma queda de 2,928 milhões de barris.
A maior queda para o petróleo veio do aumento de produção das refinarias neste verão para atender à demanda projetada para o pico da temporada nos EUA.
De acordo com o EIA, as refinarias operaram com 91,1% da capacidade na semana terminada em 23 de julho, não muito longe dos picos vistos durante o verão pré-pandêmico de 2019.
Os estoques de gasolina por si só caíram 2,25 milhões de barris até o mesmo período, contra a previsão de 1,24 milhão.
O caso atípico da semana, no entanto, veio dos destilados, como o diesel, cujos estoques caíram 3,1 milhões de barris, queda quatro vezes maior do que o previsto de 700.000. Esse número descomunal mostra que a demanda por combustível para caminhões e outros veículos comerciais foi tão grande quanto da gasolina.
Os preços do petróleo foram contidos no início da semana pelo aumento no número de casos de Covid relacionados à variante Delta, a qual representa os vento contrário ao mercado.
Embora o apetite do investidor pelo risco no petróleo tenha crescido nos últimos dias, permitindo o otimismo em torno do mercado, o surgimento de novos casos de Covid nos EUA e em outros lugares do mundo tornam o caminho mais desafiador em comparação com o início do ano, quando os preços do petróleo subiram quase sem parar semana após semana.