Commodities

Petróleo em baixa; Notícias mistas sobre a Covid

O número de casos de Covid têm aumentado em vários países, particularmente na França, Alemanha e Itália, e o mais importante: eles atingiram a maior taxa desde março nos Estados Unidos

- Zbynek Burival via Unsplash
- Zbynek Burival via Unsplash

Por Peter Nurse, do Investing.com – Os preços do petróleo mostram quedanesta terça-feira, retornando à queda de segunda após subir durante a manhã respondendo ao otimismo de que a recuperação da demanda global vai eclipsar o aumento de casos da Covid-19.

Às 12h54 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo WTI eram negociados com baixa de 0,4%, a US$ 71,62 o barril, enquanto os contratos do Brent caíam 0,27% a US$ 73,49.

Os futuros da gasolina RBOB operavam estáveis a US$ 2,2760 o galão.

O número de casos de Covid têm aumentado em vários países, particularmente na França, Alemanha e Itália, e o mais importante, eles atingiram a maior taxa desde março nos Estados Unidos, com mais de 88.000 na segunda-feira.

Entretanto, houve também alguns sinais positivos em relação ao vírus. Reino Unido e Holanda relataram novamente quedas acentuadas dos novos casos, enquanto as curvas de contaminação na Espanha e Portugal se achataram ainda mais.

De forma decisiva, a demanda por energia ainda permaneceu alta nos principais países consumidores, como os EUA, e a China tendo ajudado a drenar os estoques que se acumularam durante a pandemia.

De fato, a operadora do sistema elétrico do Texas previu na segunda-feira que a demanda bateria recordes na próxima semana, conforme residências e empresas aumentam a utilização de ar-condicionado, tendo em vista a onda de calor que se instala no estado, o segundo mais populoso dos EUA.

Ao final da sessão, o Instituto Americano de Petróleo divulgará sua estimativa mais recente de estoques de petróleo bruto dos EUA, depois do aumento nos mesmos na semana passada pela primeira vez desde meados de maio.

Distante dos problemas envolvendo a Covid, e com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados tendo decidido sobre os níveis de fornecimento para um futuro previsível, o principal problema que afeta o mercado provavelmente será o fornecimento iraniano.

A eleição de um novo presidente iraniano da linha dura diminuiu as expectativas do mercado de um acordo nuclear imediato, que poderia resultar no fornecimento adicional de petróleo iraniano ao mercado global.

“As inquietações relativas ao acordo nuclear diminuíram recentemente, e teremos que esperar até que o novo presidente iraniano tome posse em agosto antes que as negociações indiretas sejam retomadas”, disseram analistas do ING, em nota.

“Continuaremos assumindo o fornecimento de petróleo iraniano em 3MMbbl/d até o final deste ano, no entanto, revisitaremos essa previsão assim que as negociações forem retomadas.”