Por Peter Nurse, do Investing.com – O petróleo opera em alta nesta sexta-feira, consolidando o segundo avanço semanal consecutivo, ainda abaixo das recentes máximas após certo desapontamento com crescimento nos EUA e preocupações com a Covid-19.
Por volta das 14h08 (Horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo WTI estavam sendo negociados com alta de 0,49%, a US$ 73,98 o barril, enquanto os contratos do Brent subiam 0,57%, a US$ 75,53.
Os futuros da gasolina RBOB avançava 0,45%, negociados a US$ 2,3355 o galão.
A expectativa é que os dois contratos futuros do petróleo encerrem a semana com alta de 2%, impulsionados por sinais de oferta restrita no maior consumidor do mundo, os EUA. Tanto o American Petroleum Institute quanto a Administração da Informação Energética dos EUA (EIA, na sigla em inglês) apontaram uma queda no fornecimento de petróleo nos EUA, com os estoques em Cushing em seu nível mais baixo desde janeiro de 2020.
Dito isso, os dados divulgados na quinta-feira mostraram que o produto interno bruto dos EUA aumentou a uma taxa anualizada de 6,5% no último trimestre, absolutamente normal, mas substancialmente menor do que os esperados 8,5%.
Além disso, embora o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, tenha indicado após a última reunião do banco central no início desta semana que a economia dos EUA "aprendeu a lidar" com o coronavírus, tal crença pode ser testada pela nova onda de contaminações, conforme as escolas retomam atividades.
O Washington Post relatou que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos descreveram a variante delta como sendo tão transmissível quanto a catapora e alertou que poderia ter impactos graves, citando um documento interno da instituição.
“Os altos e baixos da Covid-19 terão mais influência no sentimento do que os fundamentos de oferta e demanda durante o resto do ano, pois não esperamos que os políticos imponham mais medidas de distanciamento rígidas e amplas", disse Carsten Menke, analista de Julius Baer, de acordo com a Reuters.
Nas notícias corporativas, tanto a Chevron (NYSE:CVX) (SA:CHVX34) quanto a Exxon Mobil (NYSE:XOM) (SA:EXXO34) indicaram em seus relatórios de lucros do segundo trimestre que estavam revivendo as recompras de ações que foram suspensas há mais de um ano, sinalizando confiança de que lucros saudáveis atuais na conta do preço do petróleo pode ser sustentada.
Não muito distante, a levantamentos da Baker Hughes e o relatório da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) sobre os compromissos dos investidores encerram a semana.