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Pfizer, veículos elétricos, indústria do petróleo, perspectivas econômicas: 4 assuntos para observar

Confira estão quatro assuntos que podem afetar os mercados na próxima quinta-feira (18)

Vacina Pfizer - Carlos Osorio/Reuters
Vacina Pfizer - Carlos Osorio/Reuters

Por Dhirendra Tripathi e Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – As ações dos EUA tiveram tendência de queda nesta quarta-feira (17), devolvendo alguns ganhos após fortes balanços do varejo e sinais de que consumidores continuam gastando.

Alguns investidores temem que o Federal Reserve reaja mais rapidamente no aumento das taxas de juros, depois do maior aumento em 31 anos dos preços ao consumidor de outubro comparado ao ano anterior. Ainda assim, o Fed se movimenta para reduzir o programa de compra de títulos no final deste ano. A questão sobre as taxas será decidida no decorrer do tempo.

Uma das grandes influências na postura do Fed será a escolha do presidente Joe Biden do próximo líder quando o mandato do atual presidente Jerome Powell terminar em fevereiro. Ele poderia renomear Powell, como alguns esperam, ou escolher a governadora Lael Brainard para sucedê-lo, como outros também esperam.

Biden afirmou que a decisão pode acontecer esta semana.

A empresa de serviços financeiros, Visa (NYSE:V) (SA:VISA34), pesou no Dow Jones Industrial Average depois que a Amazon.com (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) declarou não mais aceitar seus cartões emitidos no Reino Unido devido a taxas.

Por outro lado, os fortes ganhos do varejo desta semana coroaram uma temporada de balanços positivos que levaram as ações a recordes sequenciais nas últimas semanas.

No Brasil, o Ibovespa fechou em queda pelo terceiro pregão seguindo, passando para o campo negativo no mês, com queda de commodities e preocupações com o quadro fiscal.

Confira estão quatro assuntos que podem afetar os mercados na próxima quinta-feira (18)

1. Perspectivas econômicas

A piora nas perspectivas econômicas pelo ministério da Economia nesta quarta-feira deve seguir fazendo peso no pregão de amanhã. Agora, o governo espera PIB de 2,1% para 2022. Ainda que o número esteja muito acima do que vem sendo estimado pelo mercado, representa uma queda em relação à projeção divulgada em agosto, de 2,5%.

A situação da PEC dos Precatórios no Senado, que parece não avançar, também deve seguir impondo cautela aos investidores, além das falas de Bolsonaro em relação a reajustes nos salários do funcionalismo público, possibilidade que teria forte impacto no Orçamento de 2022.

2. Pfizer

A Pfizer Inc (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) estará no centro das atenções já que reguladores consideram a possibilidade de disponibilizar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para todos os adultos. A Food and Drug Administration se reúne na quinta-feira e os especialistas em vacinas do comitê independente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças se reúnem na sexta-feira para discutir os méritos do assunto e aprovar a terceira dose da empresa para maiores de 18 anos.

A Moderna Inc (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34) também busca aprovação de emergência para disponibilizar a sua dose de reforço da vacina a todos os adultos. Embora a dose de reforço esteja disponível a todos em alguns locais, os reguladores a aprovaram inicialmente para pessoas com 65 anos ou mais ou pessoas expostas a empregos ou ambientes de risco.

3. Lucid e Rivian

As ações de fabricantes de veículos elétricos estiveram na crista da onda durante a semana passada, com Lucid (NASDAQ:LCID) e Rivian (NASDAQ:RIVN) entre as que mais ganharam. A direção agora é a oposta. As ações do Lucid Group Inc caíram 6% na quarta-feira e da Rivian Automotive Inc – um dos maiores IPOs do ano – – caíram 17%.

Ainda assim, ambas as ações acumularam tanto que agora têm valores de mercado que rivalizam com as maiores montadoras do mundo.

4. Indústria do petróleo

Refinarias de petróleo estão sob escrutínio depois que o governo de Biden pediu à Federal Trade Commission que verificasse se há atividade anticompetitiva mantendo os preços altos nas bombas.

A carta de Biden segue sua orientação ao órgão regulador antitruste de alguns meses atrás, encaminhada pelo diretor do Conselho Econômico Nacional, para justificar a disparada dos preços dos combustíveis. Em sua última diretriz, Biden afirmou ser necessário mais ações, uma vez que "os preços nos postos continuaram a subir, mesmo com os custos do refino de combustível caindo e os lucros da indústria aumentando".