Transformação no sistema financeiro

Presidente do Banco Central destaca potencial do Drex em reunião do FMI e Banco Mundial

Durante reuniões em Washington, Roberto Campos Neto fala sobre o impacto da tokenização e como o Drex influencia nessa transformação

Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza sabatina de indicados para presidência e diretorias do Banco Central do Brasil (Bacen) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em pronunciamento, à mesa, indicado para exercer o cargo de presidente do Banco Central do Brasil, Roberto de Oliveira Campos Neto.

Foto: Pedro França/Agência Senado
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza sabatina de indicados para presidência e diretorias do Banco Central do Brasil (Bacen) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em pronunciamento, à mesa, indicado para exercer o cargo de presidente do Banco Central do Brasil, Roberto de Oliveira Campos Neto. Foto: Pedro França/Agência Senado | Crédito: Pedro França/Agência Senado

Durante as reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Washington, da última terça-feira (22), o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, destacou o potencial do Drex, a moeda digital do Banco Central.  

No evento, que reuniu líderes globais do setor financeiro, Campos Neto ressaltou a importância da tokenização e do open finance na modernização do sistema financeiro. 

Futuro das finanças e o Drex 

Em sua fala, Campos Neto destacou que a interseção entre tokenização — especialmente os tokens lastreados em ativos reais (RWA) — e o open finance tem sido subestimada, apesar do potencial.  

Ele afirmou que essa combinação oferece mais oportunidades do que o mercado atualmente reconhece. Para o presidente do BC, o futuro das finanças passará por um ambiente integrado, onde a tokenização e os pagamentos instantâneos coexistirão. 

Campos Neto afirmou que o Drex surge como peça-chave nesse cenário, trazendo eficiência e produtividade para a gestão de riscos, garantias e funding pelos bancos.  

Ele explicou que, com o Drex, os tokens podem substituir o sistema bancário tradicional, baseado em contas, transformando a maneira como os bancos equilibram seus balanços. 

Papel do Drex na transformação  

Segundo o presidente do BC, o Drex permitirá que os bancos aumentem sua capacidade de automação financeira e gestão de operações.  

Ele também defendeu a implementação de um agregador de serviços financeiros, que conectaria o Drex ao Pix e a outros produtos bancários, criando uma espécie de marketplace financeiro.  

Essa solução, na visão do presidente, aceleraria a adoção de novos serviços digitais, fortalecendo o sistema financeiro brasileiro e sua competitividade no cenário global. 

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Casos de uso  

No último mês, o Banco Central (BC) divulgou a lista de projetos selecionados para a segunda fase de testes da plataforma Piloto Drex.  

Nessa etapa, a infraestrutura do Piloto Drex vai ser utilizada para testar a implementação de serviços financeiros por meio de smart contracts. 

Abaixo, seguem os temas e os consórcios responsáveis: 

  • Cessão de Recebível: ABC e Inter; 
  • Crédito Colateralizado em CDB: BB, Bradesco e Itaú; 
  • Crédito Colateralizado em Títulos Públicos: ABBC, ABC e MB; 
  • Financiamento de Operações de Comércio Internacional (Trade Finance): Inter; 
  • Otimização do Mercado de Câmbio: XP-Visa e NuBank; 
  • Piscina de Liquidez para Negociação de Títulos Públicos: ABC, Inter e MB; 
  • Transações com Cédulas de Crédito Bancário: ABBC; 
  • Transações com Ativos do Agronegócio (CVM): TecBan, MB e XP-Visa; 
  • Transações com Ativos em Redes Públicas: MB; 
  • Transações com Automóveis: B3, BV e Santander; 
  • Transações com Créditos e Descarbonização – CBIO: Santander; 
  • Transações com Debêntures (CVM): B3, BTG e Santander; 
  • Transações com Imóveis: BB, Caixa e SFCoop.