Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – Os papéis da Raia Drogasil (SA:RADL3) subiam 2,96% nesta quarta-feira (10) após a empresa registrar lucro líquido de R$ 198,492 milhões no quarto trimestre de 2020, alta de 38,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado esperado pelo mercado, segundo os analistas da XP Investimentos.
Perto das 11h25, a ação era negociada a R$ 23,68. Os papéis acumulavam queda de 6,6% nos útlimos trinta dias e alta de 4,46% nas últimas 52 semanas.
Para a XP, apesar de uma melhora sequencial nas vendas e uma performance sólida no período, o aumento de restrições e casos de Covid pode ser um desafio para os resultados de curto prazo da companhia.
Eles também veem risco de maior competição no marketplace após o anúncio da Panvel de que também irá lançar um, enquanto o serviço de entregas Rappi irá começar a intermediar vendas de remédios.
Do lado positivo, escrevem, o posicionamento da companhia em realização de testes de Covid-19 deve continuar a contribuir com vendas, assim como o potencial uso das farmácias para distribuição das vacinas.
Eles também destacaram o ganho de participação de mercado nacional de um ponto percentual na base anual, para um nível recorde de 14,7%, com foco na região Norte (incremento de 2,4 pontos percentuais).
Já sobre a aquisição da Healthbit, startup de dados, os analistas apontam que é mais um passo na estratégia da companhia de se tornar uma plataforma de saúde, apesar de ser “ainda muito cedo para pagar por isso dada a falta de visibilidade”.
Eles mantiveram a recomendação neutra para ação, com preço-alvo de R$ 27.
Já para os analistas da Ativa Investimentos, o resultado foi puxado por uma forte expansão de lojas físicas e pelas alta de 10,2% na base anual das vendas mesmas-lojas.
Também destacaram a evolução da estratégia de omnicanalidade da companhia e das iniciativas de se tornar uma plataforma de saúde, além do ganho de market share e da redução em 4,7 dias do ciclo de caixa – escoando o estoque de segurança dos meses da pandemia.
Para os analistas da Mirae, o resultado foi sólido, acima das expectativas no geral. Eles dizem continuar otimistas com o setor de varejo, apontando que a pandemia parece ter alterado os hábitos de consumo em farmácias, o que é positivo para empresa.
Segundo a corretora, essa mudança, junto com o ganho de market share e ampliação dos pontos de vendas, deverá resultar em continuidade do bom crescimento ao longo dos próximos trimestres.
Eles mantiveram a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 27.
Para os analistas do BB-BI, a queda observada desde o início do ano dos papéis da empresa está embasada em uma maior aversão ao setor de consumo diante do aumento de casos de Covid-19 e discussões envolvendo a retomada do auxílio emergencial.
No entanto, destacam o caráter defensivo da companhia, com fundamentos, vantagens competitivas e exposição a um segmento de consumo essencial, que a colocam em uma posição mais confortável para seguir com o planejamento estratégico de crescimento de vendas aliado à manutenção de rentabilidade.
Eles mantiveram a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 31,40.