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CRIs ou CRAs: Qual é o melhor para investir em 2025?

Ambos oferecem alta rentabilidade, isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas e são bastante procurados no mercado de crédito privado

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CRIs ou CRAs
Foto: iStock

Juros altos e cenário econômico desafiador já são adjetivos facilmente atribuídos a 2025. Esse cenário coloca o ano como um grande momento para investimentos de renda fixa, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) ou Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), já que são ativos que geram rendimentos interessantes para quem busca segurança e alta rentabilidade.

Tanto os CRIs quanto os CRAs têm se destacado no cenário financeiro, mas qual delas é a opção mais vantajosa para os próximos anos?

O que são CRIs e CRAs?

Antes de mais nada, é importante entender o que são essas opções. Os CRIs são lastreados em recebíveis imobiliários, ou seja, os pagamentos de contratos relacionados ao setor imobiliário

Já os CRAs se baseiam em créditos originados do agronegócio, como financiamento de produtores rurais ou cooperativas. 

Ambos oferecem alta rentabilidade, isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas e são bastante procurados no mercado de crédito privado.

Rentabilidade atrativa, mas com riscos…

A principal atração dos CRIs e CRAs está, sem dúvida, na rentabilidade oferecida. Enquanto os CRIs podem gerar rendimentos de até 19% ao ano, os CRAs, chegam a apresentar taxas superiores a 26% ao ano. 

Para investidores que buscam retorno acima da média da renda fixa tradicional, essas alternativas são muito atrativas. Principalmente considerando a isenção fiscal, que aumenta a rentabilidade líquida desses investimentos.

Entretanto, é importante lembrar que CRIs e CRAs não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que significa que o risco de crédito é uma consideração crucial. 

A saúde financeira das empresas emissores precisa de uma analise com cuidado. A falta de garantia pode ser um ponto negativo para quem não tem um perfil de risco mais arrojado.

Devo investir em CRIs ou CRAs?

De acordo com analistas e corretoras, ambos os títulos têm seu espaço no portfólio de quem deseja investir em 2025, mas a escolha entre CRI e CRA depende do perfil do investidor e da análise de cada emissor.

Corretoras como BTG Pactual e especialistas do setor financeiro destacam que os CRAs podem ser uma excelente opção para quem busca uma rentabilidade robusta e está disposto a aceitar uma maior volatilidade. 

Com taxas mais altas e um bom histórico de desempenho do setor agro, os CRAs têm atraído investidores que acreditam no crescimento contínuo do agronegócio no Brasil.

Por outro lado, os CRIs são para aqueles que preferem a segurança relativa do setor imobiliário, que, embora também tenha seus riscos, apresenta uma perspectiva de crescimento sólida, especialmente em grandes centros urbanos. 

Além disso, CRIs podem ser uma escolha interessante devido à sua relação mais próxima com o mercado de imóveis, que tem mostrado recuperação nos últimos anos.

Liquidez e perfil de risco

Para ambos os tipos de investimentos, a liquidez pode ser um fator limitante, já que o mercado secundário pode não ter a mesma dinâmica de negociação encontrada em outros ativos de renda fixa. 

Isso significa que, embora seja possível vender os títulos antes do vencimento, a negociação pode ser menos fluida, e os preços podem variar bastante, especialmente em momentos de maior instabilidade no mercado.

Além disso, a análise de risco de crédito é crucial. Investidores devem estar atentos às condições econômicas do setor imobiliário ou agropecuário e avaliar a saúde financeira das empresas que emitem os CRIs e CRAs. 

A recomendação é, portanto, diversificar a carteira e, se possível, contar com a orientação de um especialista para identificar as melhores oportunidades de acordo com o perfil de risco.