Com a queda recente nos juros, os fundos de previdência privada de renda fixa passaram a dividir espaço com os considerados mais “arrojados”, como o caso dos fundos multimercados e dos fundos de ações.
Este cenário pode ser visto tanto na escolha dos investidores quanto no aumento da oferta de novos produtos pelas gestoras de recursos.
Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) mostram que, em 2017 – quando a taxa básica de juros Selic começou um ciclo de queda – a categoria de renda fixa representava 93,90% do patrimônio líquido total da indústria.
Em junho deste ano, o percentual caiu para 82,90%.
No mesmo período de comparação, os fundos de previdência Multimercados e Ações ficaram mais atrativos, e saltaram de 6,10% para 17,10% do patrimônio da indústria.
Esse movimento também foi percebido no lançamento de novos produtos por parte das gestoras de recursos.
A Santander Asset Management, gestora de recursos do Santander Brasil, por exemplo, incrementou sua prateleira com o lançamento de dezenove fundos de previdência destas categorias desde 2021.
“Buscamos sempre lançar produtos diferenciados, com a seleção dos melhores ativos dentro da previdência e que configurem alternativas para a demanda cada vez mais exigente do investidor, alinhada ao movimento de mercado”, afirma Clayton Calixto, especialista de portfólio da Santander Asset Management Brasil.
Últimos lançamentos
Recentemente, a Santander Asset lançou dois fundos de previdência multimercados. O Prev Valência Global, que combina a expertise dos times de gestão local e global com abordagens sistemáticas para balancear os riscos e nortear a alocação; e o Prev Córdoba Macro Crescimento, que busca obter rentabilidade acima do CDI explorando as oportunidades em várias classes de ativos e em diferentes momentos do ciclo econômico.
Ambos estão disponíveis nas versões PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
O primeiro se destina para quem faz declaração de imposto de renda no modelo completo, já que permite dedução de até 12% da renda bruta, e o segundo, para quem faz no modelo simplificado.