Nesta quarta-feira, 19 de junho, o COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros Selic em 10,50% ao ano (a.a.), e, com isso, interrompeu o ciclo de cortes.
Quais são os impactos da decisão para os ativos de renda fixa?
Vinicius Romano, especialista do segmento na Suno Research, indica que, apesar do ciclo de queda, o patamar atual da taxa Selic ainda proporciona uma boa relação risco-retorno para os títulos pós-fixados, “já que estes praticamente não sofrem com marcação a mercado e são positivamente impactados pelo alto nível da taxa básica de juros, que se mantém acima de dois dígitos”.
Em relação aos papéis indexados à inflação (IPCA+), o especialista em renda fixa pontua que os títulos com vencimentos no médio e longo prazo ainda proporcionam um carrego interessante aos investidores, com um juro real próximo de 6,15% (média) ao ano sem risco de crédito – isso sobre títulos públicos.
“Já para os prefixados, ainda existem boas opções, principalmente de emissão bancária, com duration um pouco mais curta, de, aproximadamente, três anos”, explica.