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Retratos do MATOPIBA 2 - Mercado imobiliário baiano pode superar desempenho dos últimos anos

Vendas do primeiro semestre cresceram 21% em relação a 2020

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O mercado imobiliário baiano pode estar voltando aos seus melhores dias. Segundo a Ademi (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia), a região teve, no primeiro semestre deste ano, desempenho de vendas 21% superior ao mesmo período de 2020.

Caso o resultado se sustente ao longo do ano, a associação prevê que mais de nove mil unidades seriam comercializadas, desempenho comparável a 2015, época em que o mercado estava em uma das suas melhores fases, comercializando cerca de 6.700 unidades por ano. 

O número de lançamentos no estado também mostra a tendência de alta: foram 1.396 unidades colocadas no estoque, número 41% superior ao ano passado. Em Salvador, o resultado foi ainda mais expressivo, com mais que o dobro de imóveis chegando ao mercado: 516, no início deste ano, contra 250, em 2020.

“Segunda casa” ganha espaço com multipropriedade

Com regiões de grande potencial turístico, a Bahia é, também, um dos estados na liderança em multipropriedade imobiliária, segmento que apresenta crescimento consistente. No final de 2020, segundo dados do Secovi, esse mercado cresceu 18% no Brasil, se comparado ao ano anterior, movimentando R$ 24 bilhões de reais em VGV (Valor Geral de Vendas), com 120 empreendimentos.

A Ademi também registrou crescimento de procura por imóveis para “segunda casa”, classe em que a multipropriedade é enquadrada. No litoral norte da Bahia houve crescimento de 52% em 2020, enquanto em Salvador, outra cidade com valor histórico e turístico, esse tipo de venda subiu 16% no ano passado.

Salvador, inclusive, tem ampliado a infraestrutura para acompanhar o crescimento do mercado imobiliário. De 2020 para cá, o estado renovou seu aeroporto e agora oferece um novo centro de convenções, além de estrutura de transporte interligado, utilizando VLT (Veículo Leve sobre Trilho) e BRT (Bus Rapid Transit, uma faixa de ônibus segregada e mais rápida).

O crescimento da região tem clara relação com o bom momento do agronegócio brasileiro, que espera crescimento recorde para 2021, movimentando mais de R$ 1 trilhão em Valor Bruto de Produção, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Agro em alta no Oeste

A região oeste da Bahia está se tornando um dos principais expoentes na produção de soja no Brasil. Para este ano, a Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia) espera que a produção de grãos chegue a 6,7 milhões de toneladas, um crescimento de 800 mil toneladas, ou 12%, em relação ao ano anterior. Atualmente, 70% das áreas agricultáveis na região estão dedicadas ao plantio da soja. O cenário econômico ajudou: com o dólar alto houve aumento expressivo das exportações para a China, cenário que deve se manter em 2021.

O crescimento da demanda por produtos da região acelerou também os projetos de infraestrutura. O Prodeagro (Programa para o Desenvolvimento da Agropecuária, gerido pelo governo do estado da Bahia e as secretarias de Infraestrutura, e Agricultura, além de entidades do setor) anunciou investimentos de R$ 25 milhões na região para a execução de projetos de desenvolvimento social, ambiental e econômico do oeste baiano, por meio da agricultura, principal atividade desenvolvida na região.

Entre os projetos estão pesquisa e controle fitossanitário de lavouras e pavimentação de corredores rodoviários importantes para o escoamento da produção na região. 

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