"boa recuperação dos resultados"

Safra tem visão otimista para setor bancário em 2021, com inadimplência menor

Segundo os analistas, as instituições financeiras devem reavaliar os produtos de empréstimo, aumentar a remuneração da própria base de capital e melhorar os resultados financeiros de seguros

- Eduardo Soares via Unsplash
- Eduardo Soares via Unsplash

Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – O setor bancário brasileiro deve ter uma boa recuperação dos resultados em 2021, com base na redução significativa do custo do crédito após as enormes provisões para perdas com empréstimos de 2020, disseram os analistas do Safra em relatório.

Segundo a análise publicada nesta segunda-feira (22), o pico de inadimplência pós-pandemia também pode não ser tão forte quanto inicialmente esperado.

Eles também escrevem que esperam um desempenho saudável de crescimento da carteira de crédito e custos operacionais controlados para apoiar o desempenho dos bancos brasileiros ao longo do ano e que a tendência de aumento das taxas de juros pode beneficiar os resultados no médio prazo.

Isso porque, segundo os analistas, as instituições financeiras devem reavaliar os produtos de empréstimo, aumentar a remuneração da própria base de capital e melhorar os resultados financeiros de seguros.

No entanto, o Safra pondera que a renda líquida com juros pode pressionar os resultados, por conta das linhas de financiamento pós-fixadas, em comparação com uma porção maior de ativos pré-fixados, principalmente de linhas de crédito fixas para pequenas e médias empresas e pessoas físicas.

Mudanças de recomendação

Com isso, os analistas elevaram a recomendação de Neutro para Compra e o preço-alvo de R$ 92,00 para R$ 111 para o BTG Pactual, após incorporar os bons resultados do quarto trimestre e o follow-on realizado de janeiro.

Já para o Banrisul (SA:BRSR6), eles cortaram a recomendação de Compra para Neutro, com preço-alvo de R$ 22 para R$ 19, por não verem catalisadores de curto prazo para a ação.

Manutenções

Os analistas do Safra mantiveram Bradesco (SA:BBDC4) e Banco do Brasil (SA:BBAS3) como os papéis favoritos do setor, com recomendações de Compra e preços-alvo de R$ 36 e R$ 50, respectivamente.

Eles escrevem ainda que embora Bradesco e Itaú Unibanco (SA:ITUB4) tenham vantagens semelhantes, preferem o Bradesco devido à melhor dinâmica de lucros em relação ao concorrente.

Já em relação ao BB, os analistas apontam para um potencial de valorização significativo.

Ao final da sessão, o índice financeiro da B3 (SA:B3SA3), o IFNC, fechou o dia em queda de 1,08%, enquanto os papéis do Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e Santander Brasil (SA:SANB11) caíram 1,09% (R$ 26,31), 3,61% (R$ 29,68), 2,54% (R$ 27,65) e 2,17% (R$ 39,22), respectivamente.