Gasolina e diesel

Segundo reajuste de preços da Petrobras em fevereiro deve bater no IPCA de março

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Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – Os reajustes nos preços da gasolina e do diesel pela Petrobras, confirmados nesta manhã pela estatal, ajudam a mitigar a diferença em relação aos preços internacionais após a forte alta do petróleo e devem impactar a inflação brasileira de março, ainda com espaço para mais reajustes, disseram analistas do Goldman Sachs e Ativa Investimentos nesta quinta-feira (18).

A Petrobras (SA:PETR4) confirmou o reajuste dos preços da gasolina e do óleo diesel em suas refinarias, que ficarão R$ 0,23 e R$ 0,34 mais caros a partir da sexta-feira (19). Com mais esse reajuste, o litro da gasolina passará a custar R$ 2,48 e o do diesel, R$ 2,58.

O Goldman Sachs apontou, em relatório, que o aumento de hoje, feito após a polêmica envolvendo o cálculo de preços há duas semanas, é um ponto positivo que pode aliviar a preocupação dos investidores com o atraso da companhia em alcançar a paridade internacional.

Segundo os analistas, a estatal tem seguido a tendência do mercado no exterior, mas com uma demora de algumas semanas para realizar os reajustes.

Já a Ativa Investimentos aponta que ainda existe espaço potencial de nova elevação de preço da gasolina no curto prazo, de mais de 5%, por conta da pressão dos preços do petróleo.

Segundo o economista-chefe da corretora, Étore Sanchez, em nota, um reajuste desta magnitude na refinaria afetaria as bombas apenas no terceiro decêndio de fevereiro, com grande parte do impacto no IPCA de março.

O que diz a Petrobras

Em comunicado, a Petrobras enfatizou que mantém os seus preços alinhados aos do mercado internacional, o que, segundo a estatal, "é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras".

A companhia diz ainda que, em 2020, reduziu os preços em suas refinarias ao acompanhar as oscilações externas.

Perto das 14h18, os papéis ordinários da estatal caíam 0,51%, a R$ 29,53, enquanto os preferenciais também recuavam 0,51%, a R$ 29,44.

*Com informações do Estadão Conteúdo