Mineração

Siderúrgicas e mineradores de ferro caem com aproximação da hora da verdade para a Evergrande

Ações de produtoras de aço e de minério de ferro sofreram um golpe nos mercados globais

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Por Dhirendra Tripathi, da Investing.com – As ações de produtoras de aço e de minério de ferro sofreram um golpe nos mercados globais na segunda-feira (20) em função dos temores a respeito do efeito cascata da crise em curso na incorporadora China Evergrande (OTC:EGRNY).

Às 15h (horário de Brasília), os ADRs da ArcelorMittal (NYSE:MT) (SA:ARMT34) caíam 8,4%, BHP (NYSE:BHP) 3,2%, Rio Tinto (LON:RIO) (SA:RIOT34) 3,6% e Vale (NYSE:VALE) 6,2% na NYSE. Em outras partes do mundo, a Anglo American (LON:AAL) caiu 4,6% em Londres e a Fortescue Metals (ASX:FMG) fechou em baixa de 3,7% em Sidney, enquanto as ações da Vale (SA:VALE3) na {{0|B3} caíam 5,1%.

As ações da Evergrande caíram mais de 10%, atingindo o menor patamar em 11 anos no pregão em Hong Kong depois que a cambaleante incorporadora começou a vender seus ativos com descontos consideráveis. Os investidores ficaram agitados porque a segunda maior incorporadora imobiliária da China tem um cupom de juros de títulos com vencimento na quinta-feira, segundo a Reuters.

Há temores de que um calote no seu passivo de US$ 300 bilhões possa cristalizar riscos mais amplos no sistema financeiro da China.

As ações do setor de metais e minério de ferro têm sido pressionadas recentemente após as tentativas do maior consumidor em limitar a sua produção de aço ao nível do ano passado, de cerca de 1,05 bilhão de toneladas. Segundo a UBS, a produção deverá ficar perto de 1,07 bilhão de toneladas em 2021-2022 e se manter estável em 2022-2023. Isto é cerca de 5% abaixo da sua previsão anterior de 1,13 bilhão de toneladas.

Também pesa sobre os mercados em geral a incerteza com uma sequência de reuniões de bancos centrais nesta semana, especialmente a do Federal Reserve dos EUA.

O Fed inicia a sua reunião de dois dias na terça-feira. Todos os olhos estão voltados para a provável nota do banco central sobre a cronologia do tapering. De acordo com a Reuters, o consenso do mercado é que o Fed irá seguir com o plano geral de início da retirada do estímulo este ano, porém evitando dar mais detalhes sobre um cronograma por pelo menos um mês.