Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – A XP Investimentos retomou a cobertura do Carrefour (SA:CRFB3) Brasil com recomendação Neutra e preço-alvo de R$ 25 por não ver desconto em relação a pares e por riscos com ESG, apesar de avaliar a empresa como de alta qualidade, com bom histórico de execução e potencial de resultados sólidos.
Segundo os analistas, em relatório publicado neste domingo (17), o principal motor de crescimento do Carrefour Brasil será o Atacadão, que deve continuar a abrir cerca de 20 lojas por ano, enquanto a aquisição das lojas do Makro deve dobrar o crescimento.
A corretora estima um crescimento médio anual de vendas para o intervalo entre 2020 e 2025 de 12% e uma normalização da lucratividade em 2021 em relação aos níveis históricos, com uma margem EBITDA ajustada de longo prazo estimada em 7%.
O principal potencial de alta, escrevem, é o Banco Carrefour, sujo crescimento no médio prazo deve resultar de uma maior penetração nas vendas e desenvolvimento de novos produtos, como a carteira digital.
Já entre os riscos, os analistas citam o fim do auxílio emergencial, a maior concorrência, uma recuperação mais lenta que o esperado do Banco Carrefour, a desistência da compra da controladora francesa pela Couche-Tard e o ESG da empresa, apesar de reconhecerem “os esforços e compromissos do Carrefour dentro da agenda”.
O relatório aponta que “não se admite mais que as empresas procurem se eximir de responsabilidades por atos praticados por terceirizados”, citando o caso da morte de João Alberto Silveira Freitas dentro de um dos supermercados da rede em Porto Alegre.
Perto das 12h10, os papéis do Carrefour Brasil caíam 2,32%, a R$ 19,82, com queda de 0,3% acumulada no mês e 14,2% nas últimas 52 semanas.