Saída histórica

Argentina rompe com a OMS e estuda abandonar Acordo de Paris

Governo de Javier Milei confirma saída da Argentina da OMS e estuda abandonar outros compromissos internacionais

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Após os Estados Unidos anunciarem a saída da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Argentina seguirá os mesmos passos.

O porta-voz da presidência, Manuel Adorni, comunicou a medida, e a chancelaria argentina, sob o comando de Gerardo Werthein, formalizará a saída da OMS.

Argentina saíra da OMS?  

De acordo com o governo do presidente Javier Milei, a saída da Argentina da OMS foi motivada por “profundas diferenças sobre a gestão sanitária na pandemia, que levou ao confinamento mais amplo da história da humanidade”.  

“Não permitiremos interferências em nossa soberania”, declarou Adorni ao comunicar a medida. 

Milei já havia questionado a eficácia das vacinas, apesar de ter sido imunizado. Além disso, ele criticou as medidas restritivas adotadas pelo então presidente Alberto Fernández. 

Impactos e mudanças em curso 

Além da OMS, outras revisões de compromissos internacionais estão na pauta do governo Milei.

A Argentina estuda também deixar o Acordo de Paris, que trata do combate às mudanças climáticas, e alterar a legislação penal para retirar a classificação específica de feminicídio. 

Além disso, Javier Milei já citou que pode sair do Mercosul para acordo com EUA.

Mesmo com a saída da OMS, a gestão Milei assegura que a saúde pública argentina não será afetada. Pois o país não depende financeiramente da entidade.  

Estados Unidos e a Organização Mundial da Saúde  

A situação dos Estados Unidos, porém, tem impacto global, já que o financiamento norte-americano é uma das principais fontes de recursos da organização.

Trump citou um motivo parecido para a retirada do país da OMS, como a “má gestão da pandemia de COVID-19 pela organização, originada em Wuhan, na China, e outras crises globais de saúde”. 

Porém, o porta-voz da OMS, Tarik Jašarević, manifestou esperança de que os Estados Unidos (EUA) reconsiderem a medida. 

“Esperamos que os EUA reconsiderem, e realmente esperamos que haja um diálogo construtivo para o benefício de todos, para os americanos, mas também para as pessoas ao redor do mundo”, destacou.