Nesta terça-feira, 1º de outubro, o Irã lançou mísseis contra Israel, movimento que marca a retaliação pela morte de líderes importantes de grupos apoiados pelo país, como Hassan Nasrallah, do Hezbollah, e Ismail Haniyeh, do Hamas.
O regime iraniano lançou mais de 150 mísseis contra Israel, atingindo áreas como Tel Aviv e Jerusalém. Os lançamentos foram interceptados pelo sistema de defesa Domo de Ferro de Israel.
Ataque do Irã a Israel pode gerar ‘resposta severa’ dos EUA
Roberto Uebel, professor de relações internacionais da ESPM, afirma que essa é uma guerra de proporções regionais.
“Estamos falando de três atores envolvidos, Israel, Líbano e agora o Irã, além de outros atores para-estatais. O que estamos testemunhando é uma escalada muito rápida de um conflito, que deve envolver outros atores no curtíssimo prazo, como Arábia Saudita, Turquia e Jordânia. Além de potências como Estados Unidos, Rússia e China”, pontuou o professor.
Uebel pontuou ainda que o mundo está acompanhando agora o maior conflito regional do Oriente Médio depois das guerras do Afeganistão e Iraque.
Conflito teve início há um ano em Israel
O conflito envolve Israel e grupos apoiadas pelo Irã, como o Hezbollah no Líbano e o Hamas na Faixa de Gaza. O início do conflito ocorreu em outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel, resultando em centenas de mortes.
Desde então, Israel enviou sucessivas respostas, com operações militares em Gaza e no sul do Líbano.
O Irã justificou o ataque desta terça-feira como uma “resposta legítima” às ações israelenses, incluindo o que considerou violações da soberania iraniana.
Autoridades israelenses alertaram que o Irã “se arrependeria” desta resposta e prometeu retaliação. O ataque também aumentou as tensões com outros atores regionais e internacionais, como os Estados Unidos, que haviam alertado sobre um possível ataque iraniano antes do ocorrido.
O governo norte-americano havia afirmado que esse movimento geraria uma resposta “severa” por parte de Washington.