Direitos civis

Lei Marcial: EUA acompanham Coreia do Sul com 'preocupação'

Em um anúncio inesperado, o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol declarou a imposição da lei marcial no país

Lei Marcial: EUA acompanham Coreia do Sul com 'preocupação'
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O governo dos Estados Unidos informou, nesta terça-feira (3), que acompanha com “grande preocupação” a crise na Coreia do Sul após o presidente instaurar lei marcial no país.

O país está “observando os acontecimentos recentes”, disse o vice-secretário de Estado, Kurt Campbell. As informações são do jornal Washington Post.

“Nossa esperança é que qualquer disputa seja resolvida pacificamente e de acordo com o estado de direito”, afirmou o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel.

Por que a lei marcial será adotada no país?

Em um anúncio inesperado, o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol declarou a imposição da lei marcial no país, alegando ser uma medida necessária para “limpar” o território de espiões pró-Coreia do Norte.

A decisão foi imediatamente recebida com críticas ferozes da oposição, de membros do governo e da sociedade civil, que acusam o presidente de usar a medida para silenciar dissidentes e consolidar poder.

Em seu pronunciamento, Yoon afirmou que a medida é essencial para proteger a liberdade e a segurança do país diante de uma suposta ameaça norte-coreana, mas não forneceu detalhes concretos sobre as alegações.

“A livre República da Coreia está sob ataque de forças comunistas infiltradas. É meu dever como presidente proteger nosso povo e nossa Constituição”, declarou.

O que é essa lei?

Segundo o Artigo 77 da Constituição sul-coreana, a lei marcial pode ser declarada em tempos de guerra, conflitos armados ou emergências nacionais semelhantes.

No entanto, sua imposição restringe severamente direitos civis e institui o controle militar sobre o país. Sob o decreto, os meios de comunicação foram colocados sob controle estatal, atividades parlamentares suspensas e cidadãos podem ser presos sem mandado.