Mercosul sem Argentina

Javier Milei afirmou que pode sair do Mercosul para acordo com EUA

Milei, considera abandonar o Mercosul para negociar livre comércio com os EUA, mas mantém alternativas internas para alcançar seus objetivos

Javier Milei afirmou que pode sair do Mercosul para acordo com EUA
Crédito: Reprodução

Javier Milei, presidente da Argentina, sinalizou que, se necessário, o país deixará o Mercosul para avançar em um acordo de livre comércio com os Estados Unidos. 

Mas, ele destacou que prefere negociar no bloco sul-americano, admite a possibilidade extrema de abandonar o Mercosul para alcançar seus objetivos comerciais.

Milei e o futuro do Mercosul

Durante entrevista no Fórum Econômico Mundial em Davos, Milei foi questionado pelo editor-chefe da Bloomberg News, John Micklethwait, sobre a saída do Mercosul. 

Ele hesitou antes de afirmar que, se necessário, a Argentina tomará tal medida. 

“Mas existem mecanismos que podem ser usados mesmo dentro do Mercosul, então achamos que isso pode ser feito sem necessariamente ter que sair”, destacou Milei.

Críticas ao Mercosul 

Milei é um crítico do Mercosul, classificando-o como uma “prisão” protecionista que impede acordos individuais. 

Apesar das críticas, o presidente argentino apoiou, no ano passado, a rápida aprovação de um acordo comercial com a União Europeia, assinado em dezembro.

Economia da Argentina

O presidente também mencionou sua intenção de acessar os mercados de capitais internacionais após a eliminação dos controles cambiais. 

Apesar da ausência de um cronograma, Milei elogiou compromisso de sua equipe em manter a meta de déficit zero.

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No entanto, a decisão de Milei enfrenta resistência interna. O presidente do Paraguai, Santiago Peña, por exemplo, se manifestou contra um possível acordo bilateral com os EUA, mesmo reconhecendo a necessidade de reformas no Mercosul.

Milei e Donald Trump

A relação de Javieir Milei de Donal Trump já tiveram interações, como a presença do presidente argentino na posse do republicano nos Estados Unidos na última segunda-feira (20). 

Em novembro, Trump referiu-se ao chefe de Estado argentino, como seu “presidente favorito” durante uma ligação telefônica. 

Em fevereiro, durante uma edição da CPAC em Washington, Trump elogiou o desempenho de Milei como presidente da Argentina, destacando o “grande trabalho” realizado até então.