Acumulo de dinheiro

Riqueza dos bilionários é resultado de herança, aponta relatório da Oxfam

Pesquisa da Oxfam aponta que 60% da riqueza dos bilionários vem de herança, monopólio ou conexões com o poder

Dolar-Moeda estrangeira
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A riqueza dos bilionários vem de herança, monopólio de poder ou corrupção, de acordo com um novo levantamento da Oxfam. O relatório aponta que 60% desse valor não é merecida, mas tomada, enquanto 36% provêm de heranças. 

Aumento dos bilionários  

Somente no ano de 2024, os bilionários aumentaram suas fortunas três vezes mais rápido do que no ano anterior. Assim, eles acumulam um lucro total de US$ 2 trilhões e cerca de US$ 5,7 bilhões por dia. 

O relatório destaca que, em 2023, a riqueza herdada superou a gerada por empreendedorismo pela primeira vez.

Todos os bilionários com menos de 30 anos herdaram suas fortunas. Enquanto dois terços dos países não tributam heranças para descendentes diretos. 

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Além disso, favoritismo e relações estreitas com o poder estatal desempenham um papel importante no enriquecimento, muitas vezes legalizado, mas que prejudica consumidores e outras empresas. 

“Grande parte da riqueza dos ultra-ricos não tem a ver com o que você sabe, mas com quem você conhece: quem você pressiona, quem você entretém, cuja campanha você financia ou que pessoa você suborna”, afirma o relatório. 

A instituição ainda completou: “de forma geral, grande parte da riqueza extrema é o produto de conexões de favoritismo entre os mais ricos e os governos”.  

Monopólios no poder  

Monopólios são outra fonte enriquecimento, responsáveis por 18% da riqueza dos bilionários.  

Exemplos incluem Jeff Bezos, cuja Amazon domina o comércio online em várias nações europeias, e Aliko Dangote, que controla o mercado de cimento na Nigéria.  

Ações propostas  

Com esse cenário dos bilionários, a Oxfam propõe medidas, como a redução significativa da diferença entre os rendimentos dos 10% mais ricos e os 40% mais pobres.  

Além disso, seria importante implementar tributos sobre heranças e acabar com paraísos fiscais, que são ferramentas que perpetuam a concentração de riqueza.  

A regulação rigorosa de monopólios também é proposta, com o objetivo de garantir salários dignos e limitar remunerações altas de CEOs.  

Por fim, o reconhecimento histórico do impacto do colonialismo e a necessidade de reparações às comunidades afetadas são abordados como passos necessários para corrigir injustiças sistêmicas do passado.