
O mercado de trabalho dos Estados Unidos apresentou queda em fevereiro, conforme aponta o relatório Job Openings and Labor Turnover Survey (JOLTS), divulgado nesta terça-feira (1º) pelo Departamento do Trabalho.
O levantamento revelou que o número de vagas abertas nos setores não-agrícolas caiu para 7,6 milhões, abaixo dos 7,8 milhões registrados em janeiro, após revisão. Assim, o dado veio dentro das expectativas dos analistas.
Dados dos empregos dos Estados Unidos
Enquanto a oferta de empregos diminuiu, o volume de contratações manteve-se em 5,4 milhões, repetindo o número ajustado do mês anterior. Já as demissões caíram levemente, passando de 3,3 milhões em janeiro para 3,2 milhões no mês seguinte.
O JOLTS é o primeiro de três indicadores relevantes sobre o mercado de trabalho dos EUA que serão divulgados nesta semana e que podem influenciar diretamente a política de juros do Federal Reserve (Fed). Ainda é preciso análise do relatório ADP na quarta-feira (2) e do Payroll na sexta-feira (4).
O que é o JOLTS?
JOLTS (Job Openings and Labor Turnover Survey) foi criado em dezembro de 2000 pelo Bureau of Labor Statistics (BLS) e é uma pesquisa mensal que mede a dinâmica do mercado de trabalho americano.
O BLS coleta dados de aproximadamente 16 mil estabelecimentos em diversos setores da economia americana e oferece dados como contratações, demissões e rotatividade de funcionários.
O indicador influencia diretamente nas taxas de juros dos Estados Unidos. JOLTS forte, com números elevados de vagas de emprego, leva geralmente a uma reação positiva no mercado de ações, o que gera uma política monetária mais restritiva.
Por outro lado, um JOLTS fraco tende a pressionar negativamente as ações norte-americanas e gerar expectativas de uma política monetária mais severa pelo Fed. No entanto, os números do JOLTS não afeta somente os Estados Unidos.
Um JOLTS forte se traduz em valorização do dólar e pressão sobre mercados emergentes. Porém, o JOLTS fraco tende a beneficiar mercados globais, especialmente emergentes, pois reduz a pressão sobre o dólar.