SpaceDica

4 novidades que podem ajudar as PMEs

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São 20 milhões no Brasil, que empregam mais de 50% da população, segundo dados do Sebrae. As PMEs, pequenas e médias empresas, cumprem importante papel na economia brasileira, mas ainda sim são a ponta mais frágil.

Durante a crise trazida pela pandemia do novo coronavírus, por exemplo, 43% das PMEs viram o faturamento cair mais de 25%, conforme estudo da EY-Parthenon. A ajuda, por outro lado, também não foi o suficiente: a linha de crédito disponibilizada pelo Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, emergencialmente, se esgotou em 20 dias.

Assim, pode ser necessário buscar alternativas — e algumas novidades podem ajudar nessa procura. Confira 4 delas nesta SpaceDica:

1. Nova regra para crowdfunding

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) flexibilizou a regra para crowdfundings, abrindo mais espaço para as PMEs acessarem esse tipo de financiamento.

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Na semana passada, a instrução 588, sobre o assunto, foi alterada e, agora, empresas com faturamento de até R$ 5 milhões no primeiro semestre de 2020 podem fazer ofertas públicas. Pela regra anterior, era exigido faturamento de até R$ 10 milhões.

O colegiado tomou a decisão considerando "que o acesso das MPMEs ao mercado de capitais pode configurar fonte alternativa ou complementar para financiamento de capital de giro", afirmou a CVM.

2. Antecipação do cartão de crédito

A fintech Monkey Exchange antecipa o pagamento de cartão de crédito para pequenas e médias empresas. Assim, as companhias recebem os valores das vendas antes do prazo estabelecido pelas operadoras. Esse sistema pode ajudar no capital de juro para contas de curto prazo dos empreendedores.

Segundo a fintech, a taxa pela antecipação é 30% das cobradas em empréstimos. A expectativa é de que, nesse esquema, sejam antecipados R$ 200 milhões nos próximos meses e cerca de R$ 1 bilhão até o fim do ano.

3. Tecnologia

Em parceria com a fintech JUSTA, o PagSeguro vai ampliar a oferta de produtos financeiros para as PMEs. Além de inovar nos sistemas de pagamento para essas empresas, o objetivo é disponibilizar crédito e mais segurança nas transações para os empreendedores. A ideia é que isso seja feito via maquininhas, aproveitando a capilaridade que o aparelho tem em ambientes empresariais.

4. MEIs

Para os microempreendedores individuais, as maquininhas também podem ser um jeito de conseguir empréstimo. Sancionado na semana passada, o projeto de lei define que MEIs e PMEs poderão conseguir crédito de até R$ 50 mil pelo sistema.

O valor do empréstimo pode chegar ao dobro da média mensal das vendas feitas por maquininhas, respeitando o teto estabelecido pela lei. Como garantia, entram 8% dos direitos creditórios das vendas futuras feitas pelo aparelho. A taxa de juros é de 6% ao ano, com até 36 meses para quitação da dívida.