Transição digital

57% dos brasileiros desconhecem o open banking, diz Febraban

Quanto ao potencial de adesão, 16% dos entrevistados afirmam que vão usá-lo "com certeza"

- Luis Villasmil via Unsplash
- Luis Villasmil via Unsplash

57% dos brasileiros desconhecem o open banking, sistema que oferece a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco. 16% dos entrevistados afirmam que vão usá-lo "com certeza".

Os dados são da pesquisa realizada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) em parceria com o Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) e foram divulgados nesta quarta-feira (14). Ainda quanto ao potencial de adesão, 46% dizem que "podem ou não" aderir; ao passo que 30% disseram "com certeza" não irão aderir.

A pesquisa foi publicada hoje, no mesmo dia em que o Banco Central atrasou mais uma vez o calendário de implementação do open banking no país.

A 2ª fase do projeto começaria na próxima quinta-feira, 15 de julho, mas foi adiada para 13 de agosto.

Depois de serem informados de que se trata de "um sistema em que a pessoa autoriza o compartilhamento dos seus dados e seu histórico financeiro entre bancos que desejar, de forma que o setor bancário possa conhecer o perfil do cliente e oferecer-lhes novos produtos e serviços mais personalizados" – 45% expressam opinião positiva sobre o produto, 20% consideram negativo e 28% disseram que não é nem positivo nem negativo.

Aspectos econômicos

A pesquisa revela ainda que a recente aceleração do processo de vacinação contra o Covid-19 ainda não foi suficiente para reverter as expectativas dos brasileiros sobre o desempenho da economia brasileira e de sua própria condição financeira.

Os brasileiros permanecem apreensivos e temem o aumento do desemprego, da inflação e das taxas de juros.

Mais da metade da população (52%) acha que o desemprego vai aumentar (70%, antes), 73% apostam no crescimento da inflação/custo de vida (80%, antes) e 72% da taxa de juros (76%, antes).

O levantamento mostra que mais da metade dos entrevistados (52%) não acreditam que a situação financeira pessoal se recupere ainda esse ano e cerca de dois terços dos entrevistados (68%) não acreditam que a economia brasileira se recupere ainda esse ano.

Para 48% dos entrevistados, o poder de compra das pessoas deve diminuir, ao passo que 25% preveem um aumento e 23% consideram que não sofrerá alteração. No levantamento anterior, eram 64%, 16% e 18%, respectivamente.
 

Com informações da Assessoria de Imprensa da Febraban.