Um estudo realizado pela KPMG apontou que 65% dos líderes dos conselhos das empresas brasileiras pesquisadas indicaram que há uma integração em andamento das estratégias de negócio com as questões sociais, ambientais e éticas (ESG, da sigla em inglês). Desses, 41% disseram que essas ações foram implementadas parcialmente, seguindo um planejamento de médio e longo prazos, e os outros 24% afirmando que não possuem uma definição para a conclusão do processo.
Segundo o documento, apenas 16% dos entrevistados disseram que a agenda ESG já foi implementada completamente, inclusive com a remuneração do conselho de administração atrelada a métricas relacionadas ao tema. Por outro lado, 18% responderam que o assunto consta na pauta da administração, mas sem previsão para aplicado, enquanto 1% indicaram não ter planos nesse sentido.
“Há uma demanda crescente do mercado e da sociedade por demonstrações de impactos ambientais e sociais, assim como por transparência nas ações corporativas que são relevantes para toda a sociedade. A forma como a liderança lida com estes temas se tornou uma forma de avaliação da habilidade dessa liderança de levar a empresa ao sucesso no novo contexto dos negócios”, ressaltou a sócia-líder de consultoria em ESG da KPMG, Nelmara Arbex, no relatório.
A pesquisa ainda identificou que 85% dos entrevistados consideram fundamental a criação de um comitê de tecnologia e inovação para assessorar os Conselhos na incorporação da agenda ESG. A utilização de consultorias terceirizadas é defendida por 7%, enquanto a contratação de um conselheiro especialista no tema é a preferida de 6% dos líderes. Apenas 2% sugerem utilizar informações das áreas mencionadas para guiar as ações.