7 de Setembro, estabilidade entre Lula e Bolsonaro, inflação: as principais notícias de hoje (6)

Nesta terça-feira (6), investidores monitoram o retorno dos mercados de ações norte-americanos após inoperância em razão do feriado do Dia do Trabalho no País.

A suspensão dos fluxos de gás natural da Rússia para o restante do continente europeu ainda repercute nas principais bolsas da região.

No Brasil, o presidente do Banco Central, Campos Neto, disse na segunda-feira (5) que a instituição não pensa, neste momento, em baixar juros. Ele afirmou ainda que a batalha contra a inflação "não está ganha".

7 de Setembro

E as expectativas pelo 7 de Setembro estão no radar. Os atos em comemoração ao Dia da Independência amanhã serão usados pela campanha de Jair Bolsonaro (PL) para mostrar o apoio dos seus eleitores, de acordo com o BDM.

O presidente vai estar presente em dois atos, em Brasília (pela manhã) e no Rio de Janeiro (à tarde). 

Com falas sobre “morte aos inimigos do Brasil”, “expulsão de demônios” e contra os “discursos moderados”, pelo menos 25 militantes e canais fichados pela Polícia Federal por ações extremistas e divulgação de notícias falsas atuam na mobilização para o 7 de Setembro nas redes sociais.

Os principais alvos do grupo são o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes, revela o Broadcast.

Veja:

Brasil

Ibovespa e dólar na segunda-feira (5)

Em dia de feriado nos Estados Unidos, o dólar caiu pela segunda vez seguida. A bolsa de valores subiu pela terceira sessão consecutiva, beneficiada pela recuperação das commodities (bens primários com cotação internacional).

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (5) vendido a R$ 5,154, com queda de R$ 0,031 (-0,59%). 

O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 112.203 pontos, com alta de 1,21%. O indicador foi beneficiado pela recuperação das commodities, que beneficiou ações de mineradoras, e pela perspectiva de que os juros no Brasil vão parar de subir, o que impulsionou papéis de empresas varejistas.

Com o feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, o mercado financeiro operou sem o principal referencial externo. No entanto, notícias de estímulos econômicos na China impulsionaram as commodities.

Nesta semana, os investidores aguardam o resultado da reunião do Banco Central Europeu, que deve elevar os juros pela segunda vez consecutiva na próxima quinta-feira (8). 

(Agência Brasil)

Inflação

O presidente do Banco Central, Campos Neto, disse na segunda-feira (5) que a instituição não pensa, neste momento, em baixar juros. Ele afirmou ainda que a batalha contra a inflação "não está ganha".

"No Brasil, como a gente começou a subir antes (a taxa de juros), fez uma subida mais rápida e mais forte, existe um entendimento de que o trabalho já tá feito e que a gente tem um apressamento, tem comunicado que a gente não olha, não pensa em queda de juros neste momento", afirmou Campos Neto em um evento organizado pelo jornal Valor Econômico.

(g1)

Eleições 2022

Pesquisas – Pesquisa Ipec divulgada na segunda-feira (5), encomendada pela Globo, mostra o ex-presidente Lula (PT) com 44% das intenções de voto e o presidente Jair Bolsonaro (PL) com 31% na eleição para a Presidência da República em 2022.

Ciro Gomes (PDT) vem em seguida, com 8% das intenções. Simone Tebet (MDB) tem 4%. Ambos oscilaram um ponto para cima em relação à pesquisa anterior do Ipec e se mantiveram empatados no limite da margem de erro, de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

(g1)

Armas

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu trechos de quatro decretos editados em fevereiro do ano passado pelo governo federal com flexibilizações para o porte de armas. A decisão liminar diz que o início da campanha eleitoral "exaspera" o risco de violência política. (Investing.com Brasil)

Orçamento

O presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz), Décio Padilha, afirmou ontem que os Estados terão um “profundo” problema de despesas a descoberto no começo de 2023 e advertiu que a aprovação da lei que criou o piso nacional para a enfermagem complicou o quadro fiscal para os próximos anos.

Padilha considera que há um “desequilíbrio” do pacto federativo e que o estabelecimento de pisos salariais sem a determinação da fonte dos recursos agrava o problema.

(O Estado de S.Paulo)

Piso Nacional da Enfermagem – O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, vai se reunir nesta terça-feira com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC) para discutir o piso salarial nacional da enfermagem. (Investing.com Brasil)

Acordo com BNDES

O acordo entre o governo federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a devolução de R$ 90 bilhões pelo banco para o Tesouro Nacional deve levar a uma redução de cerca de 1 ponto percentual na relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB), com chances de ser registrado o menor nível desde o início de 2020.

A relação dívida/PIB encerrou o mês de julho em 77,6%.

O valor foi o mesmo da nova projeção do Ministério da Economia para o fim de 2022, levada em conta a conclusão do acordo com o BNDES para o pagamento da segunda parcela do valor que o banco precisa devolver para o Tesouro.

A dívida entre o BNDES e a União se refere aos valores destinados ao banco entre 2008 e 2014.

A previsão inicial era de que o processo de ressarcimento fosse concluído até 2040, mas houve uma antecipação do cronograma por definição do TCU em 2021. (CNN)

5G

As operadoras de telefonia móvel começaram a ativar na segunda-feira (5) o sinal 5G em mais três capitais: Fortaleza (CE), Natal (RN) e Recife (PE). O aval ao início gradual das operações foi anunciado na última quinta-feira (1), pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Auxílio-alimentação e Teletrabalho

O presidente Jair Bolsonaro sancionou na segunda-feira (5), com vetos, a Lei 14.442, de 2022, que regulamenta o teletrabalho e altera as regras do auxílio-alimentação.

Um dos vetos aplicados pelo presidente previa a possibilidade de o trabalhador sacar, em dinheiro, o saldo que não era utilizado no auxílio-alimentação ao final de 60 dias.

(Agência Brasil)

Drawback

A partir de 2023, exportadores brasileiros poderão comprar serviços como transporte, seguro, manejo e armazenagem de cargas com suspensão de tributos. Foi sancionada na segunda-feira (5) a lei 14.440 que institui o drawback [suspensão de serviços].  

A ampliação do mecanismo de drawback foi inserida na mesma lei que cria o Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária no país (Renovar). Ele pretende acelerar a retirada de circulação de veículos em fim de vida útil.

Benefício reconhecido pela Organização Mundial do Comércio, o drawback permite a suspensão ou isenção do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição sobre o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre insumos usados em mercadorias produzidas para a venda no exterior.

A nova lei estendeu o mecanismo aos exportadores que adquirem serviços durante a produção.

(Agência Brasil)