Depois de iniciar o dia com forte queda, o Ibovespa intensificou as perdas e perdeu o piso de 100 mil pontos, pela primeira vez desde o dia 27 de junho.
Às 15h39, a bolsa paulista acumulava 99.924,90 pontos, totalizando perda de 2,68%.
Um dos motivos da queda do índice é a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Após Trump impor tarifas de 10% em US$ 300 bi de importações da China a partir de 1º de setembro, o gigante asiático retaliou ao desvalorizar o iuan acima de 7 unidades monetárias da moeda chinesa em relação ao dólar.
A China deixou o iuan romper o nível de 7 por dólar nesta segunda-feira pela primeira vez em mais de uma década, num sinal de que o país está disposto a tolerar mais fraqueza no câmbio para aumentar a competitividade no comércio global, o que poderia inflamar ainda mais um conflito comercial com os Estados Unidos.
Alguns analistas disseram que o movimento do iuan poderia desencadear uma nova frente perigosa nas hostilidades comerciais — uma guerra cambial. O economista sênior para a China da Capital Economics, Julian Evans-Pritchard, disse que o PBoC provavelmente impediu uma desvalorização mais forte do iuan a fim de evitar um colapso total das negociações comerciais com os Estados Unidos.
No Twitter, Trump classificou o movimento de “manipulação cambial” e acrescentou: “você está ouvindo, Federal Reserve? Essa é uma grande violação que enfraquecerá consideravelmente a China ao longo do tempo!”.
No cenário local, as atenções estão voltadas para a retomada das atividades no Congresso Nacional, particularmente a apreciação da reforma da Previdência em segundo turno na Câmara dos Deputados, com o fim do recesso parlamentar no Brasil.
Dólar
Na tarde desta segunda-feira (05), o dólar comercial somava valorização de 1,65%, cotado a 3,95, também influenciado pela tensão entre Estados Unidos e China.
Com Investing.com