O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, abriu em baixa nesta segunda-feira (09), seguindo o pânico generalizado nos mercados com o preço do petróleo e os receios com o coronavírus. Por volta das 10h25, as perdas eram de 9,36%, aos 88.828,14 pontos.
O dólar comercial abriu em alta, com valorização de 2,56% ante o Real e cotado a R$ 4,753. Às 9h10, o Banco Central promoveu novo leilão no mercado de câmbio, no intuito de conter os ânimos em relação à alta da divisa norte-americana.
O horário normal de funcionamento do mercado brasileiro, das 10h às 17h, é retomado hoje, com o início do horário de verão norte-americano.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
As bolsas internacionais prenunciam o dia de queda generalizada. No Japão, o Nikkei afundou mais de 5%, enquanto a Bolsa de Xangai encerrou o pregão com perdas de 3%. Na Europa, DAX 30 derretia 7%, assim como o FTSE 100, enquanto o índice CAC 40 caía 7,30%. Em Nova York, os futuros operavam em campo negativo.
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Petróleo
Após a discordância entre Rússia e Opep em relação aos cortes de produção, a petroleira estatal da Arábia Saudita, a Saudi Aramco, está oferecendo petróleo a preços abaixo dos oficiais. Além disso, o país faz preparativos para elevar a sua produção para mais de 10 milhões de barris ao dia (mbpd).
Com isso, o preço do barril de petróleo chegou a cair 30%. Agora, o Brent é cotado a US$35,86/barril. A situação também derrubou moedas emergentes, como o peso mexicano.
Coronavírus
A epidemia da nova doença alcançou novos níveis na Itália, o segundo país com maior número de casos, com mais de 7 mil infectados. Milão, importante centro econômico, está em quarentena. No Brasil, os casos confirmados chegaram a 24, sem nenhum óbito. No mundo, as ocorrências do COVID-19 passam de 100 mil e as mortes chegam a 3.800.
Em Brasília
O presidente Bolsonaro endossou publicamente, no último sábado, as manifestações convocadas para 15 de março, que têm como pauta o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. O presidente, no entanto, disse que o movimento é “pró-Brasil”. No Twitter, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tentou aliviar as tensões, afirmando que a casa está pronta para dar continuidade às reformas.
Balanços
O noticiário corporativo, ofuscado pela crise do petróleo e os receios com o coronavírus, aguarda os resultados das empresas CPFL e Direcional para depois do fechamento dos mercados.