Pará

Alívio na cena externa faz Ibovespa subir e dólar cair

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa de valores brasileira, abriu a sessão de negociação desta quinta-feira (08) em alta. No início da tarde, às 13h11, a Bovespa somava valorização de de 1,10%, com 103.911,54 pontos.

O dólar comercial, por sua vez, iniciou o dia no sentido contrário, com desvalorização de 0,94 % no mesmo horário, sendo cotado a R$ 3,93.

O mercado acionário responde ao alívio da cena externa, sem novas notícias significantes das tensões entre China e EUA no âmbito do comércio.

Em contrapartida, o mercado pode reagir ao avanço na tramitação da reforma da Previdência da Câmara dos Deputados para o Senado, bem como aos números do IPCA e dos balanços, sem tirar os olhos da cena externa em meio à escalada do conflito comercial entre EUA e China.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho variou 0,19%, 0,18 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de junho (0,01%). Este foi o IPCA mais baixo para um mês de julho desde o ano 2014, quando ficou em 0,01%. A variação acumulada no ano ficou em 2,42% e, em relação aos últimos 12 meses, o índice recuou para 3,22%, abaixo dos 3,37% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2018, a taxa foi de 0,33%.

A Câmara dos Deputados encerrou na noite de quarta-feira a análise de emendas à reforma da Previdência e concluiu a votação do segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema, encerrando a tramitação da matéria na Casa para enviá-la ao Senado.

Todos os destaques apresentados foram rejeitados, informou a Agência Câmara Notícias. O texto-base da proposta já havia sido aprovado em segundo turno na madrugada da própria quarta-feira, por 370 votos a 124, depois de ser aprovado em primeiro turno no mês passado com placar de 379 a 131.

As exportações da China voltaram inesperadamente a crescer em julho devido à melhora da demanda global e apesar da pressão comercial dos Estados Unidos, mas a recuperação pode ter vida curta já o governo norte-americano se prepara para adotar mais tarifas sobre produtos chineses.

Analistas dizem que a forte queda do iuan nesta semana pode oferecer apenas ajuda limitada para os exportadores chineses, que deverão enfrentar taxas adicionais dos EUA no próximo mês, encolhendo as margens de lucro e afetando a demanda em todo o mundo.

Nesta quinta-feira, o banco central da China determinou seu ponto médio oficial do iuan abaixo da marca de 7 por dólar pela primeira vez desde a crise financeira global.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,37%, a 20.593 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,48%, a 26.120 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,93%, a 2.794 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,32%, a 3.669 pontos.

A quinta-feira se mostra também positiva para o mercado de ações da Europa. Em Frankfurt, o DAX opera com alta de 0,77% aos 11.740 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE soma 0,15% aos 7.210 pontos. Já em Paris, o CAC tem valorização de 1,20% aos .329 pontos.

COMMODITIES

Pela sexta vez consecutiva, a sessão desta quinta-feira foi marcada pela desvalorização dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade chinesa de Dalian. O ativo com o maior volume de negócios, com vencimento em janeiro do ano que vem, caiu 2,65% a 660,50 iuanes por tonelada, o que representa variação de 18 iuanes no dia.

No mesmo sentido, os papéis futuros do vergalhão de aço tiveram também um novo dia de perdas na também chinesa bolsa de mercadorias da cidade de Xangai. O contrato mais líquido, com entrega em outubro deste ano, perdeu 39 iuanes para 3.672 iuanes por tonelada. Já o de janeiro de 2020, segundo mais negociado, cedeu 28 iuanes para 3.477 iuanes por cada tonelada.

O dia se mostra fortemente positivo para os preços internacionais do petróleo. Em Nova York, o barril do tipo WTI é negociado com ganhos de 1,90%, ou US$ 0,97, a US$ 52,06. Já em Londres, o FTSE soma 1,28%, ou US$ 0,72, a US$ 56,95.

MERCADO CORPORATIVO

Banco do Brasil (BBAS3)

O maior banco público brasileiro encerrou o segundo trimestre do ano com lucro líquido ajustado de R$ 4,432 bilhões, sendo que um ano antes foram registrados R$ 3,240 bilhões, o que representa um salto de 36,8%. Já nos seis primeiros meses de 2019, o resultado acumulado é de R$ 8,679 bilhões, crescimento de 38,5% contra os R$ 6,266 bilhões do mesmo semestre de 2018.

O banco teve um avanço de 2,5% na margem financeira bruta, com destaque para o crescimento nas receitas financeiras com operações de crédito em R$ 278 milhões, impactadas principalmente pelo crescimento das receitas do crédito a pessoas físicas e pessoas jurídicas, impulsionadas pela evolução da carteira em linhas de maior retorno.

Já a despesa financeira de captação foi impactada principalmente pela elevação no saldo de depósitos judiciais e LCA, e por maiores despesas nos depósitos a prazo do Banco Patagonia. A elevação nas despesas de captação institucional foi influenciada principalmente pelo aumento do saldo de captações no exterior.

Azul (AZUL4)

A companhia aérea registrou no segundo trimestre do ano um lucro líquido de R$ 345,5 milhões, revertendo assim o prejuízo apurado no mesmo trimestre do ano passado que havia sido de R$ 791,4 milhões. Assim, no acumulado do ano, a empresa tem resultado positivo de R$ 483,2 milhões, ante os R$ 619,1 milhões negativos do primeiro trimestre do ano passado.

Entre abril e junho deste ano, as receitas da Azul tiveram um crescimento de 31,3% na base anual, saindo de R$ 1,994 bilhão para R$ 2,617 bilhões. Já no semestre, o avanço anual é de 23,3%, indo de R$ 4,186 bilhões para R$ 5,159 bilhões.

No caso do Ebitda, a aérea registrou R$ 733,2 milhões no trimestre, contra R$ 522,2 milhões de um ano antes, alta de 40,4%. Desta forma, o a margem Ebitda variou de 26,2% para28,0% em um ano.

Petrobras (PETR4)

A Petrobras realizou operação de venda total de seu hedge de petróleo, que tinha por objetivo proteger parcialmente o fluxo de caixa operacional da companhia em cenários de baixas de preços, informou a companhia em comunicado na noite de quarta-feira.

Em março, a Petrobras havia executado a estratégia de hedge para proteger os preços de parte de sua produção de petróleo prevista para 2019, a um custo de 320 milhões de dólares, quando os preços estavam por volta de 67 dólares por barril.

Na ocasião, a empresa adquiriu opções de venda (“put”) de petróleo Brent com preço de exercício ao nível de 60 dólares o barril, referenciado na média das cotações de abril até o fim de 2019.

Braskem (BRKM5)

A petroquímica Braskem (BRKM5) teve forte queda no lucro do segundo trimestre, mesmo com melhores resultados operacionais no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto enfrenta os efeitos de desaceleração na Europa e no México e bloqueio de recursos devido a um incidente ambiental em Alagoas.

A companhia anunciou nesta quarta-feira que seu lucro de abril a junho somou 129 milhões de reais, queda de 76% ante mesma etapa do ano passado.

A receita líquida até cresceu 3% no comparativo anual, para 13,34 bilhões de reais. Mas o desempenho medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), caiu 49%, para 1,61 bilhão de reais.

No Brasil, a demanda por resinas da companhia foi de 1,3 milhão de toneladas, 1% maior do que um ano antes. Apesar da retração do mercado, a companhia ganhou espaço dos rivais.

NotreDame Intermédica (GNDI3)

A operadora de planos de saúde registrou lucro líquido de R$ 89,6 milhões no segundo trimestre do ano, um crescimento de 74,8% na comparação com os R$ 51,3 milhões registrados um ano antes. Desta forma, no acumulado do semestre, o resultado é de R$ 192,5 milhões, salto de 72,6% na base anual.

A receita líquida da NotreDame alcançou R$ 2,035 bilhões entre abril e junho deste ano, o que representa um avanço de 34,5% em relação a igual período de 2018, quando registrou R$ 1,513 bilhão. Em seis meses, a companhia acumula receitas de R$ 3,936 bilhões, alta de 33,4%.

Desta forma, o Ebitda ajustado do período foi de R$ 270,6 milhões, contra R$ 181,3 milhões de um ano antes, alta de 49,3%. Desta forma, a margem Ebitda variou de 12,0% para 12,6% no intervalo entre os trimestres.

JHSF (JHSF3)

A construtora e administradora de shoppings teve entre abril e junho deste ano um lucro líquido de R$ 5,0 milhões, revertendo assim o prejuízo de R$ 30 mil registrados no mesmo trimestre do ano passado, fazendo com que a margem líquida fosse de -0,03% para 3,5% em 12 meses.

No segundo trimestre, a receita líquida da companhia totalizou R$ 140,5 milhões, um avanço de 21,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 115,7 milhões

Já o Ebitda da JHSF registrou no segundo trimestre do ano R$ 101,2 milhões, um forte crescimento de 108% em relação aos R$ 48,7 milhões registrados um ano antes. Já o Ebitda ajustado foi de R$ 51,2 milhões, alta de 39,3% sobre os R$ 36,7 milhões de um ano antes. Com isso, a margem variou de 31,8% para 36,4% em um ano.

Totvs (TOTS3)

A empresa de softwares e soluções para o varejo registrou no segundo trimestre do ano lucro líquido ajustado de R$ 57,503 milhões, o que representa um forte salto de 108,7% na comparação com o mesmo período de 2018, quando foi de R$ 27,559 milhões. Já nos três primeiros meses do ano, o resultado foi de R$ 43,281 milhões.

Para a receita líquida, a Totvs teve, entre abril e junho, um totla de R$ 564,002 milhões, crescimento de 8,8% em relação ao registrado um ano antes, que foi de R$ 518,276 milhões. Já na comparação com os três primeiros meses do ano, o resultado ficou praticamente estável, quando foram registradas receitas de R$ 563,587 milhões.

Com isso, o Ebitda ajustado da companhia atingiu R$ 116,248 milhões no segundo trimestre, com a margem em 20,6%, sendo que no mesmo período do ano passado, o resultado foi de R$ 82,527 milhões e 15,9% de margem, o que representa uma alta de 40,9% e variação de 470 pontos base.

Light (LIGT3)

A elétrica Light informou nesta quarta-feira que transitou em julgado no Tribunal Regional Federal da 2ª Região uma decisão que reconhece o direito de sua subsidiária Light SESA excluir o ICMS da base de cálculo de PIS e Cofins, com efeito retroativo a janeiro de 2002.

Segundo fato relevante da companhia, com a decisão, o ICMS deixa de compor a base de cálculo do PIS e COFINS nos faturamentos dos clientes da Light SESA.

Os impactos dos efeitos retroativos ainda estão sendo analisados pela Light, que prometeu divulgá-los junto de seus resultados do 3º trimestre, o que deve ocorrer em novembro.

AGENDA DE AUTORIDADES

O dia do presidente Jair Bolsonaro começa com uma reunião com a Deputada Bia Kicis (PSL/DF); e Walton Alencar Rodrigues, Ministro do Tribunal de Contas da União, se reunindo em seguida com Jaime de Cassio Miranda, Procurador-Geral de Justiça Militar; e Marcelo Weitzel Rabello de Souza, Subprocurador-Geral de Justiça Militar, recebendo ainda pela manhã Bispo Robson Rodovalho, Presidente do Ministério Sara Nossa Terra.

O presidente também irá receber as senhoras Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra e Marília Oliveira. Na parte da tarde, tem reunião com Maria Lúcia Gava Severa, Presidente da Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves, recebendo mais tarde Marcelo Álvaro Antônio, Deputado (PSL/MG); e Deputado Newton Cardoso Junior (MDB/MG).

O dia chega ao fim com reunião com Ernesto Araújo, Ministro de Estado das Relações Exteriores.

A agenda do ministro da Economia, Paulo Guedes, previa uma série de audiências e a participação em um evento do BTG Pactual (BPAC11). No entanto, o site do Ministério informa que todos os compromissos do dia foram cancelados.