Ibovespa

ABERTURA: Ibovespa futuro inicia a segunda-feira em queda em dia de feriado nos EUA

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Investing.com – O índice futuro do Ibovespa inicia a semana com queda de 0,24% aos 118.500 pontos, com o dólar somando 0,23% a R$ 4,1710. O período reserva a divulgação de importantes indicadores, como o IPCA-15, na quarta-feira, e o IGP-M do 2º decêndio na terça-feira. Nos EUA, com o feriado de hoje, os próximos dias serão mais tranquilos, sem indicadores de grande destaque na agenda, com o principal, PMI Composto, sendo divulgado na sexta-feira.

– Cenário Interno

ICMS

Uma proposta do presidente Jair Bolsonaro de alterar a cobrança do ICMS sobre combustíveis para reduzir preços da gasolina e do diesel tem potencial para realmente diminuir custos, mas deve enfrentar uma forte oposição política que pode tornar muito difícil ou inviável sua aprovação, disseram advogados à Reuters.

O presidente disse a jornalistas que o ICMS, um tributo estadual, deveria incidir sobre preços nas refinarias, e não no consumo. Na quinta-feira, ele afirmou que apresentou proposta nesse sentido ao Ministério de Minas e Energia, mas não forneceu detalhes.

Atualmente, a maior parte dos Estados recolhe o ICMS junto a produtores, distribuidores ou importadores com base em um preço estimado da venda ao cliente nos postos, que já leva em consideração margens de lucro em todos os elos da cadeia até a chegada aos consumidores finais.

“Você tem hoje o ICMS final incidindo sobre uma base que é o preço final para o consumidor. A ideia do presidente imagino que seja concentrar o ICMS no produtor, onde a base (a ser tributada) é menor, desonerando as demais etapas da cadeia. Por conta disso você teria redução do preço”, explicou o sócio da área tributária do escritório Veirano Advogados, Filipe Richter.

– Cenário Externo

China

A China deixou inalterada sua taxa de empréstimo referencial pelo segundo mês seguido nesta segunda-feira, depois que o banco central decidiu não alterar os custos de empréstimos de médio prazo mais cedo neste mês.

A taxa primária de empréstimo de um ano (LPR) foi mantida em 4,15% em relação à fixação do mês anterior. A LPR de cinco anos permaneceu em 4,80%.

Pesquisa da Reuters na semana passada mostrou que os mercados financeiros da China estavam praticamente divididos sobre se a taxa de empréstimo referencial seria reduzida neste mês, em mais uma tentativa de sustentar a economia, ou se seria mantida.

As visões mistas se deram porque o Banco do Povo da China injetou novos fundos através de seu instrumento de empréstimo de médio prazo (MLF) no sistema bancário na semana passada, mas deixou os juros inalterados.

Acordo Comercial

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, buscou tranquilizar no domingo os produtores agrícolas norte-americanos afetados pela guerra tarifária com a China, afirmando que o acordo comercial levará a grandes compras de produtos dos EUA.

As declarações de Trump no Texas tinham todas as características de um discurso político, afirmando que o acordo comercial inicial assinado com a China na quarta-feira passada será uma dádiva para os produtores.

“Vocês permaneceram na luta”, disse Trump. “Vocês sempre estiveram comigo. Nunca nem pensaram em desistir e conseguimos.”

O acordo inclui promessa da China de comprar ao menos 12,5 bilhões de dólares adicionais em produtos agrícolas em 2020 e ao menos 19,5 bilhões acima do nível de 2017 de 24 bilhões de dólares em 2021.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,18%, a 24.083 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,90%, a 28.795 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,66%, a 3.095 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,75%, a 4.185 pontos.

A segunda-feira tem rumos diferentes nos mercados europeus. Em Frankfurt, o DAX sobe 0,11% aos 13.540 pontos, com o FTSE, de Londres, cedendo 0,20% aos 7.659 pontos. Já em Paris, o CAC perde 0,19% aos 6.089 pontos.

COMMODITIES

A jornada desta segunda-feira teve como marca principal a ligeira valorização dos contratos futuros do minério de ferro, que são transacionados na bolsa de mercadorias da cidade de Dalian, na China. O ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento para maio deste ano, somou 0,53% a 670,00 iuanes por tonelada, o que representa um ganho de 3,50 iuanes em relação ao valor anterior de liquidação, de 665,50 iuanes/t.

No mesmo sentido, a característica da sessão que abriu a semana foi de ganhos nos papéis futuros do vergalhão de aço, negociados na também chinesa bolsa de mercadorias da cidade de Xangai. O contrato de maior liquidez, com entrega em maio de 2020, somou 19 iuanes para 3605 iuanes por tonelada. O de outubro, segundo em volume, avançou 16 iuanes para 3.443 iuanes por tonelada.

Os preços internacionais do petróleo também vão avançando na segunda-feira. O barril do tipo Brent, de Londres, tem alta de 0,54%, ou US$ 0,35, a US$ 65,20. Já em Nova York, o WTI sobe 0,41%, ou US$ 0,24, a US$ 58,82.

MERCADO CORPORATIVO

– Petrobras (SA:PETR4)

Venda TAG

A Petrobras (SA:PETR4) informou nesta sexta-feira que iniciou processo para vender uma fatia remanescente de 10% na Transportadora Associada de Gás (TAG).

A companhia vendeu 90% da empresa de gasodutos à francesa Engie (SA:EGIE3) e ao fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) em transação concluída em junho do ano passado, por cerca de 33,5 bilhões de reais.

Agora, potenciais compradores receberão um memorando com informações detalhadas sobre a TAG e instruções sobre o desinvestimento, na chamada “fase não vinculante” da operação, incluindo orientações para envio de propostas.

A TAG opera infraestrutura de transporte de gás com capacidade de movimentar 74 milhões de m³/dia. A malha de gasodutos da empresa soma cerca de 4.500 km, segundo informações do site da companhia.

A Engie (SA:EGIE3) e os canadenses da CDPQ possuem direito de preferência na aquisição, uma vez que já são os acionistas majoritários da TAG.

Greve Geral

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados convocaram funcionários da Petrobras (SA:PETR4) para uma greve nacional a partir de 1º de fevereiro, em movimento contra demissões na petroleira, informou a entidade em nota nesta sexta-feira.

As assembleias para que os petroleiros se posicionem sobre o indicativo de greve serão realizadas entre os dias 20 e 28 de janeiro, apontou a federação. Em 29 de janeiro, a FUP e seus sindicatos voltam a se reunir no Conselho Deliberativo para definir os próximos encaminhamentos.

Uma mobilização anterior, que previa paralisação por uma semana em novembro, teve início mesmo após um ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) ter atendido pleito da Petrobras (SA:PETR4) e decidido impedir uma greve, mas terminou antes do programado pelos devido à decisão judicial, que impunha punições financeiras aos sindicatos em caso de descumprimento.

Preço dos Combustíveis

Os preços dos combustíveis fecharam a semana em alta nos postos brasileiros, mesmo depois de uma redução de 3% anunciada pela Petrobras (SA:PETR4) para o diesel e a gasolina em suas refinarias, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira.

O corte de preços da Petrobras (SA:PETR4), que entrou em vigor na terça-feira, veio após a companhia ter evitado em um primeiro momento repassar a volatilidade dos preços globais do petróleo ao mercado doméstico.

A estatal não aplicou reajustes de imediato após ataque norte-americano que matou um importante general iraniano no Iraque em 3 de janeiro e gerou tensão geopolítica no mercado de petróleo. As cotações posteriormente devolveram ganhos e recuaram para níveis menores aos registrados antes dos eventos no Oriente Médio.

AGENDA DE AUTORIDADES

– Jair Bolsonaro

O presidente da República viaja nesta segunda-feira para o Rio de Janeiro, onde se encontra com o prefeito Marcelo Crivella. Em seguida, se reúne com o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior, almoçando com o almirantado.

Na parte da tarde, retorna à Brasília.

– Paulo Guedes

O ministro da Economia participa da abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.