Ibovespa

ABERTURA: Menor expansão do coronavírus diminui aversão a risco; Ibov futuros sobe

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Investing.com – A sessão desta quarta-feira começa com valorização de 0,69% aos 116.285 pontos para o índice Ibovespa Futuros, com o dólar comercial praticamente estável, com leve alta de 0,08% a R$ 4,3352. A alta do índice futuro é impulsionada pela menor expansão de casos de coronavírus na China. O mercado segue atento ao avanço da doença e os impactos na economia, além de dados do mercado brasileiro e a temporada de balanços.

– Cenário Interno

Vendas no Varejo

Em dezembro de 2019, o volume de vendas do comércio varejista nacional variou -0,1%, frente a novembro, na série com ajuste sazonal, interrompendo sete meses seguidos de crescimento, período que acumulou ganho de 3,5%. A média móvel trimestral mostrou redução de ritmo, com variação de 0,2% no trimestre encerrado em dezembro, após registrar 0,6% em novembro.

Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu de 2,6% em relação a dezembro de 2018. Com isso, o varejo registrou aumento de 1,8% no período de janeiro a dezembro contra igual período do ano anterior. O acumulado nos últimos doze meses passou 1,6% em novembro para 1,8% em dezembro.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas caiu 0,8% em relação a novembro de 2019, segunda taxa negativa seguida, contribuindo para que a média móvel de dezembro (-0,2%) apresentasse redução de ritmo das vendas em relação a novembro (0,3%).

Reforma Tributária

O relator da reforma tributária na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse acreditar que a comissão mista sobre o tema pode ser instalada na quarta-feira.

Idealizado na tentativa de produzir um texto de consenso, o colegiado a ser formado por deputados e senadores vinha enfrentando dificuldades para ser instalado, seja por divergências quanto à quantidade de membro, seja pelo mérito, já que as duas Casas do Congresso possuem propostas para reestruturar o sistema tributário.

Reforma Administrativa

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou nesta terça-feira que está mantida a intenção do Executivo de enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa.

Segundo ele, chegou a ser levantada, nas discussões, a possibilidade de aproveitar alguma PEC já em tramitação que pudesse incorporar pontos da reforma para acelerar sua votação, nos moldes do que o governo pretende fazer com a reforma tributária, mas a ideia não progrediu.

“A minha expectativa é de que a PEC seja encaminhada até a próxima semana”, disse o senador a jornalistas. “Está prevalecendo mesmo é a ideia de o governo mandar uma PEC”, afirmou, acrescentando que esta é a posição defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

– Cenário Externo

China – PIB

A China será capaz de atingir sua meta de longo prazo de dobrar o Produto Interno Bruto e a renda este ano apesar do impacto do surto de conoravírus, disse nesta quarta-feira um economista influente de um dos principais institutos de pesquisa do governo.

O surto de vírus terá apenas um impacto momentâneo na economia e a demanda se recuperará rapidamente, disse Cai Fang, vice-chefe da Academia Chinesa de Ciências Sociais, em um artigo no People’s Daily, o jornal do Partido Comunista Chinês.

“Embora o impacto temporário causado pela epidemia vá reduzir levemente a taxa de crescimento e outros indicadores de desenvolvimento, isso não atrasará o cumprimento da meta de construir uma sociedade moderadamente próspera”, disse Cai.

China – Coronavírus

A China registrou nesta quarta-feira o menor número de novos casos de coronavírus desde janeiro, apoiando uma previsão do principal conselheiro médico do país de que o surto terminará até abril, mas um especialista global em doenças alertou sobre a disseminação em outros lugares.

Os mercados financeiros tiravam proveito da previsão do epidemiologista chinês Zhong Nanshan, que na terça disse que o número de novos casos está diminuindo em algumas províncias e previu que a epidemia pode atingir seu pico neste mês, num momento em que o número de mortos pela doença na China superou a marca de 1.100.

Analistas e banqueiros vêm revisando suas estimativas sobre o impacto econômico do vírus.

A maioria acredita que a China enfrentará um choque econômico curto mas mais acentuado do que se pensava inicialmente, que será sentido em todo o mundo. Entretanto, as expectativas sobre a severidade do impacto variam amplamente. Profissionais de saúde e economistas dizem que dados chineses opacos e a falta de precedentes impedem estimativas claras.

Zona do euro

A produção industrial da zona do euro caiu mais do que o esperado em dezembro, encerrando um trimestre fraco para a região, mostraram nesta quarta-feira estimativas oficiais.

A produção industrial recuou 2,1% sobre o mês anterior nos 19 países que usam o euro, disse a agência de estatísticas da UE, Eurostat, contra expectativa em pesquisa da Rueters de perda de 1,6%.

Na base anual, a produção recuou 4,1%, bem acima da expectativa do mercado de queda de 2,3%.

Em outubro, a produção industrial havia recuado 0,9%, ficando estagnada em novembro, dado que foi revisado para baixo nesta quarta-feira depois de alta de 0,2% estimada anteriormente.

A produção em dezembro caiu de forma significativa em dezembro em todas as principais economias do bloco, indicando possível revisão para baixo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o último trimestre.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,74%, a 23.861 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,87%, a 27.823 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,87%, a 2.926 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,81%, a 3.984 pontos.

Na Europa, a quarta-feira também se mostra positiva para os mercados, com o DAX, de Frankfurt, somando 0,79% aos 13.735 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE ganha 0,39% aos 7.528 pontos. Já em Paris, o CAC avança 0,38% a R$ 6.077 pontos.

COMMODITIES

A sessão de hoje teve uma nova importante valorização para os preços dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade de Dalian, na China. O ativo com o maior volume de operações, com vencimento em maio deste ano, somou 3,16% a 619,50 iuanes por tonelada, o que representa ganhos de 19 iuanes, em relação ao valor de liquidação da véspera, que foi de 600,50 iuanes/t.

No caso do vergalhão de aço, a quarta-feira foi de avanços nas cotações dos papéis futuros do produto, que é transacionado na bolsa de mercadorias da cidade de Xangai, também na China. O contrato com maior liquidez, com entrega para maio de 2020, somou 11 iuanes para 3.404 iuanes por tonelada. O segundo em negócios, para outubro, avançou 4 iuanes para 3.428 iuanes por tonelada.

O barril do petróleo apresenta um novo dia de importantes ganhos, o Brent, de Londres, avançando 2,07%, ou US$ 1,12, a US$ 55,13. Já em Nova York, o WTI soma 1,66%, ou US$ 0,83, a US$ 50,77.

MERCADO CORPORATIVO

– Petrobras (SA:PETR4)

Greve

A Petrobras (SA:PETR4) aplicou o primeiro desconto de salário aos trabalhadores grevistas no adiantamento do dia 10, de acordo com um documento interno da companhia visto pela Reuters.

No dia 21, quando ocorrerá o próximo pagamento, será realizado novo desconto dos dias não trabalhados.

“Caso o empregado retorne ao seu posto de trabalho, a companhia fará um contracheque de ajuste na primeira oportunidade possível para pagar os dias trabalhados a partir do retorno”, de acordo com nota da empresa.

A companhia esclareceu aos trabalhadores que, “ao contrário de informações equivocadas que vêm sendo divulgadas, o desconto independe do julgamento sobre a legalidade da greve”.

“Como já informamos, o desconto será realizado porque não houve a contraprestação do serviço, ou seja, os empregados não realizaram o trabalho para o qual são contratados”, completou.

Térmicas

A Petrobras (SA:PETR4) habilitou 13 térmicas já operacionais para leilões agendados pelo governo para 30 de abril, nos quais serão oferecidos contratos de longo prazo para empreendimentos de geração novos ou existentes que operem com gás ou carvão, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O interesse na concorrência pública vem mesmo após a petroleira estatal ter revelado planos para vender parte de seu parque termelétrico, em meio a desinvestimentos com o objetivo de reduzir a dívida e focar na exploração do pré-sal.

Uma eventual vitória nas licitações em abril garantiria à Petrobras (SA:PETR4) contratos de 15 anos com distribuidoras de energia para venda da produção das térmicas a partir de 2024 e 2025, o que agregaria valor aos ativos, disse à Reuters nesta terça-feira um especialista do setor.

– Cogna

As ações da Cogna Educação foram precificadas em 11 reais cada, de acordo com comunicado ao mercado divulgado nesta quarta-feira.

A empresa disse que arrecadou 2,5 bilhões de reais com a oferta e parte desses recursos será usado em aquisições, de acordo com o comunicado.

– Vale (SA:VALE3)

A Vale (SA:VALE3) produziu 301,97 milhões de toneladas de minério de ferro em 2019, uma queda de 21,5% ante 2018 em meio a paradas de produção devido ao rompimento de barragem em Brumadinho (MG), informou nesta terça-feira a companhia.

O volume indica que a mineradora perdeu, pelo menos temporariamente, o posto de maior produtora global de minério de ferro para a anglo-australiana Rio Tinto (LON:RIO), enquanto a brasileira se recupera da tragédia que matou 259 pessoas, deixando outras 11 ainda desaparecidas.

Devido ao rompimento da barragem no início de 2019, a Vale (SA:VALE3) foi levada a interromper diversas atividades em Minas Gerais, em meio a uma revisão dos padrões de segurança operacional.

Antes do desastre, a empresa planejava atingir produção de 400 milhões de toneladas no ano passado, patamar que agora poderá ser atingido apenas a partir de 2022, segundo informações publicadas anteriormente pela companhia.

– Proteína Animal

Os preços do milho brasileiro ultrapassaram os 50 reais por saca de 60 quilos pela primeira vez desde 2016, mesmo com a colheita recorde registrada no ano passado, afirmou Victor Ikeda, analista sênior de grãos e sementes oleaginosas no Rabobank, nesta terça-feira.

A produção brasileira de milho ultrapassou as 100 milhões de toneladas em 2019, estabelecendo um novo recorde, mas a forte demanda de frigoríficos locais e produtores de etanol do milho esgotaram os estoques, afirmou o analista em um podcast.

Os estoques de passagem de milho, ao final de janeiro, foram de cerca de 11 milhões de toneladas, o número mais baixo desde 2017, quando uma seca severa pressionou as reservas brasileiras do cereal.

“A curva dos futuros de milho está invertida”, disse Ikeda, lembrando que isso ocorre quando os contratos que vencem primeiro ficam com preços mais altos do que os de longo prazo.

AGENDA DE AUTORIDADES

– Jair Bolsonaro

O presidente da República começa o dia com café da manhã com a Bancada da Frente Parlamentar da Agropecuária. Em seguida, se encontra com Luiz Eduardo Ramos, Ministro-Chefe da Secretaria de Governo; Deputado Bibo Nunes (PSL/RS); e Evaldo Antônio, Reitor da Fundação Universidade de Caxias do Sul, seguido de reunião com Deputado Otoni de Paula (PSC/RJ); e Deputado Fausto Pinato (PP/SP). A manhã chega ao fim com um encontro com o ministro Osmar Terra (Cidadania).

Na parte da tarde, recebe Felipe Solá, Ministro das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da Argentina, seguudi de encontro com Almirante Carlos Autran de Oliveira Amaral, Diretor do Escritório da Amazul. O dia chega ao final com a solenidade do Programa Lixão Zero da Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana

Com Reuters.