Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – As ações da Gol (GOLL4) operam em queda, após a empresa divulgar os seus resultados relativos ao quarto trimestre de 2021. A principal preocupação é sobre como a companhia irá lidar com os preços mais elevados dos combustíveis.
Às 12h54, os ativos recuavam 2,39%, a R$ 13,06.
No 4T21, a Gol teve um Ebitda ajustado de R$ 1,052 milhão, com uma margem Ebitda de 36%, apenas 1 p.p. acima do guidance prévio. A receita líquida foi de R$ 2,9 bilhões, 54,5% superior ao 4T20 e a maior desde o início da pandemia.
Ainda assim, o prejuízo líquido foi de R$ 682,1 milhões, excluindo variações cambiais e monetárias, despesas líquidas não recorrentes, ganhos relacionados ao Exchangeable Notes e resultados não realizados de capped calls
O número de Passageiro Quilômetro Transportado Pago (RPK) aumentou 16,6% em relação ao 4T20, e atingiu 67,3% do observado no 4T19, antes do início da pandemia. A taxa de ocupação média das aeronaves foi de 82,6%, um avanço anual de 1,5 p.p..
A Gol ainda anunciou o seu guidance para 2022, em que espera que o total de ASKs cresça entre 65% e 75% no ano, com receita de R$ 13,7 bilhões. O Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34) projeta que o ASKs suba 74% na comparação anual. A empresa de aviação também estima uma margem Ebitda de 24% em 2022, 5% acima das previsões do banco.
Para o Goldman Sachs, o recente aumento nos preços dos combustíveis pode levar a uma pressão de curto prazo nas margens de empresas de aviação, mas o banco acredita que companhias de prazos mais longos, como a Gol, serão capazes de repassar os seus preços para as tarifas com mais facilidade.
O banco mantém a recomendação de compra das ações da Gol, com preço-alvo de R$ 24,70.