As ações da Magazine Luiza (MGLU3) operam uma queda acentuada nesta sexta-feira (10), um dia após a companhia divulgar seu balanço financeiro do primeiro trimestre de 2024. Por volta das 12:20, os papéis despencavam em 6%, cotados a R$ 1,57.
Isso porque, os dados dos três primeiros meses de 2024 exibiram que alguns desafios persistem na esfera operacional da varejista, como o de crescimento da receita, especialmente no segmento de comércio eletrônico.
"Apesar de um aumento modesto no volume bruto de mercadorias (GMV) online, a MGLU3 enfrentou uma tendência fraca na receita total, atribuída em parte à natureza cíclica de algumas categorias de produtos, como eletrônicos e eletrodomésticos. Isso resultou em um crescimento abaixo das expectativas no GMV online, com a empresa buscando compensar essa lacuna através de uma maior ênfase em suas operações físicas de lojas", comenta o BTG Pactual.
Apesar disso, a empresa apresentou melhorias significativas na rentabilidade, impulsionadas por um aumento nas receitas de serviços e uma abordagem mais racional nos negócios.
"Mesmo em meio à reintrodução do imposto DIFAL e a um cenário desafiador para o comércio eletrônico, a Magazine Luiza conseguiu expandir sua margem bruta em 260 pontos base em relação ao ano anterior, atingindo 29.9%. Isso reflete uma estratégia eficaz de repasse dos custos tributários para os preços dos produtos, bem como um crescimento saudável das receitas de serviços", destaca o banco.
Outro destaque do período foi a performance da Luizacred, a divisão financeira da MGLU3, que apesar de desafios relacionados às taxas de juros, demonstrou uma recuperação notável em suas métricas financeiras, registrando uma redução significativa nas provisões para créditos de liquidação duvidosa e um aumento no lucro líquido em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Contudo, o BTG Pactual indica uma perspectiva mista para as ações da companhia. Enquanto a empresa continua a enfrentar desafios no crescimento da receita, as melhorias na rentabilidade e o desempenho sólido de suas operações físicas são motivos para otimismo, na visão do banco.
"Os investidores devem permanecer atentos à capacidade da Magazine de impulsionar o crescimento das receitas online e à gestão eficaz dos desafios macroeconômicos em curso", sinalizou
A recomendação do BTG para a MGLU3 é de compra, com preço-alvo de R$ 4,00 por ação.