O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações importantes na quarta-feira, 25 de setembro, durante uma coletiva de imprensa na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Em sua fala, Lula pediu que os representantes das agências de classificação de risco não se baseassem exclusivamente em opiniões de economistas e empresários da Faria Lima para avaliar o cenário econômico do Brasil.
O presidente destacou a importância de considerar diversas perspectivas, como a voz dos trabalhadores.
O que Lula afirma ter dito às agências
“Chamei [as agências], saibam da boca do presidente da República o que acontece no Brasil. Não precisa ouvir só Faria Lima, empresários, ouça trabalhadores e o presidente da República”, afirmou Lula.
Gesto sinaliza comprometimento de Lula com a política fiscal de Haddad
Durante sua visita a Nova York, Lula buscou fortalecer o compromisso fiscal da política econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O presidente participou pessoalmente de reuniões com as agências internacionais de classificação de risco, um gesto que sinaliza seu apoio à política de ajuste fiscal em andamento.
Ao lado de Haddad, ele se reuniu com representantes de três das principais agências de classificação de risco.
Reuniões com as agências de classificação
Na segunda-feira, 23 de setembro, Lula encontrou-se com Yann Le Pallec, chefe dos serviços de rating da Standard & Poor’s (S&P).
Em seguida, ele se reuniu com Michael West, presidente da Moody’s.
No dia seguinte, a comitiva brasileira participou de uma audiência com Paul Taylor, presidente da Fitch, na sede da ONU.
Esse envolvimento do presidente com as agências de classificação foi inédito em seu terceiro mandato.
De acordo com informações do Palácio do Planalto, não existe sequer um registro de compromissos semelhantes com essas agências durante seus mandatos anteriores, de 2003 a 2010.
Apoio à política econômica
Um interlocutor próximo a Lula, que acompanha a comitiva presidencial, informou à Folha de S.Paulo que a participação do presidente nessas reuniões indica que Haddad vai contar com o respaldo do presidente na condução da política de ajuste fiscal.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo.