Utilizada para aumentar a margem de ganhos sobre investimentos, a alavancagem financeira permite a movimentação de um capital muito maior do que aquele que uma pessoa tem efetivamente disponível para operações.
Para quem investe na bolsa de valores, por exemplo, é possível fazer uma espécie de “empréstimo”, ou seja, tomar crédito com as corretoras para aplicar em uma determinada ação e impulsionar os ganhos.
Como funciona essa modalidade?
Nessa modalidade, o investidor aumenta sua margem de lucro de acordo com o grau de alavancagem. Alguém que investiria R$ 1 mil em um papel, por exemplo, com uma corretora que permite a alavancagem de até dez vezes esse valor poderá aplicar até R$ 10 mil.
Caso os ativos tenham 1% de lucro, o valor ganho pelo investidor cresce, pois o percentual será calculado sobre o montante alavancado. Contudo, vale ressaltar que a mesma regra se aplica em casos de prejuízo. Logo, o potencial de ganhos e perdas crescem na mesma proporção.
Portanto, por se tratar de uma técnica com alto risco, a alavancagem é indicada para investidores experientes e de perfil agressivo. Além disso, antes de aplicá-la, o especulador precisa garantir que terá recursos disponíveis para arcar com as perdas.
Essa é a chamada margem de garantia: uma quantia, em dinheiro ou outros ativos — ações e aplicações em renda fixa, por exemplo — suficiente para cobrir possíveis prejuízos com as operações.
Onde posso usar a alavancagem?
A modalidade preferida de quem opera alavancado costuma ser o day trade. O termo se refere a operações de curtíssimo prazo, às vezes dentro de poucos minutos, que visam lucrar com oscilações mínimas no preço dos papéis.
Para os adeptos das vendas a descoberto, ou short selling, a tomada de crédito com as corretoras também pode potencializar os lucros. Quem opera com essa estratégia vende papéis por cotações mais altas e aguarda a desvalorização para recomprá-las por um valor menor.
Por fim, também é possível utilizar a técnica nos contratos no mercado futuro — uma expansão do mercado financeiro na qual os investidores negociam determinados ativos com os preços do momento, mas apenas para liquidação futura. Nesse caso, o limite para a alavancagem costuma superar o de operações com ações.