Após o anúncio da Allos (ALSO3), ex-Aliansce Sonae, sobre o desinvestimento parcial de 20% de participação no Plaza Sul Shopping, em São Paulo, o Santander faz recomendação neutra com preço-alvo de R$ 27,50 neste ano.
Para o preço-alvo, a casa se baseia em uma análise de fluxo de caixa livre para a empresa, com um WACC de 11,5% em reais e um crescimento terminal nominal de 4,5%.
Entre os riscos, o banco desenvolveu uma tese de investimento que inclui:
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Taxa de desemprego mais alta do que o previsto, com vendas no varejo mais fracas e maiores taxas de vacância e inadimplência;
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Aumentos imprevistos na taxa Selic, que poderiam acarretar em maiores despesas;
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Concorrentes irracionais, com potencial de aumentara quantidade de ABL em cidades com excesso de oferta;
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Potencial reforma fiscal que poderia impactar negativamente os impostos no sector;
Riscos de execução associados à integração da fusão.
Para Fanny Oreng, Antonio Castrucci, Matheus Meloni, analistas da casa, essa transação da Allos é cumulativa e reforça o descompasso entre o setor privado e o público de mercados.
“A operação é consistente com a estratégia da empresa de desinvestir R$ 1,2 bilhão em ativos ao longo dos próximos anos. Esta estratégia deverá permitir à Allos desalavancar o seu balanço, nas nossas estimativas”, comenta o trio.
Após a conclusão da transação, a Allos passará a deter 70% do Plaza Sul. O ativo é classificado como o 16º melhor ativo, com cerca de 50 ativos, em termos de produtividade de vendas, possui vendas anuais de R$ 20,9 mil ante um portfólio médio de R$ 19 mil.
O ativo é o 13º melhor em termos de produtividade de aluguel, com R$ 1,7 mil de aluguel anual/m2 contra média do portfólio de R$ 1,5 mil.
“Além disso, a transação parece assertiva de uma perspectiva múltipla, dado que, de acordo com nossas estimativas, Allos está sendo negociado atualmente a uma taxa máxima de 13,7% em 2023”, conclui o time.