Por volta das 11h56, as ações da Ambev (ABEV) caíam 0,96%, a R$ 14,52, no pregão desta quarta-feira (19) e lideravam entre as quedas do Ibovespa.
Na véspera, a XP reduziu expectativas para os resultados da companhia referentes ao quarto trimestre de 2021.
A revisão ocorre devido ao agravamento do cenário macroeconômico para o Brasil, preocupações com novas variantes da Covid-19 e a possibilidade de eventos sociais há muito esperados serem cancelados novamente. O foco da indústria mudou de volume para pressão de preços para garantir melhores margens.
O volume de cerveja no Brasil deve crescer 6,5% no total de 2021. “O sólido aumento de Receita Líquida/hl de 10% (aumento de preço, canal de vendas e mix de produtos e gestão de receita) impulsionará um crescimento de 17,2% em relação a 2020″.
Apesar disso, a XP vê a Ambev superar seus pares e ganhar participação de mercado.
“A taxa de câmbio e os preços das commodities sustentarão as margens da AmBev pressionadas, não apenas no 4T21, mas ao longo de 2022, mas esperamos que o BEEs tenha um impacto significativo no próximo ano, especialmente com mais de 80% dos clientes ativos já usando sua plataforma. Isso permite que a AmBev tenha uma estratégia de precificação mais eficiente, ao mesmo tempo em que melhora a qualidade do serviço prestado aos clientes, principalmente ao agregar novas empresas à sua base″, disseram.
Por fim, analistas da XP reiteram recomendação de compra para ABEV3, com preço-alvo de R$18,80 por ação para o fim de 2022, atualmente negociado a 16,8x Preço/Lucro (P/L) para o fim de 2022 vs. P/L alvo de 22,5x para o mesmo período.