Às 10:25 desta quinta-feira (17), as ações de Americanas (AMER3) caíam 3,01%, a R$ 10,97, enquanto Magazine Luiza (MGLU3) despencava 5,41%, ao preço de R$ 3,15 por papel. Por sua vez, Via (VIIA3) perdia 4,22%, cotada a R$ 2,27 por ação.
Nesta manhã, o setor de varejo e-commerce, assim como os demais, tem sido penalizado com a repercussão da PEC da Transição, apresentada pelo governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) na véspera.
O mercado financeiro digere a informação de que o novo mandatário precisa de R$ 175 bilhões em licenças para gastar, para colocar o Bolsa Família fora da regra de gastos.
Balanços
A Americanas (AMER3) apresentou um prejuízo líquido de R$ 212 milhões no período de julho ao final de setembro, que reverte o lucro líquido de R$ 241 milhões apurado em igual intervalo do ano passado.
A receita líquida recuou 13,4% em base anual, para R$ 5,4 bilhões.
Já o Magazine Luiza (MGLU3) informou prejuízo líquido de R$ 166,8 milhões entre julho e setembro de 2022, em reversão ao lucro líquido de R$ 143,5 milhões obtido no mesmo período do ano passado.
Por fim, a Via (VIIA3) registrou um prejuízo líquido de R$ 135 milhões de reais no terceiro trimestre de 2022. O montante reverte um resultado positivo de R$ 101 milhões obtido no mesmo período do ano passado.
O EBITDA ajustado somou R$ 475 milhões, queda de 29,0% na comparação anual. A receita líquida, por sua vez, retraiu 4,6%, para R$ 7 bilhões.
Recomendações
Em relatórios distintos para cada varejista de e-commerce, os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, da XP Investimentos, apontaram que pesaram sobre a Americanas as receitas em queda na comparação anual e R$ 2,1 bilhões de queima de caixa.
Para a companhia, mantiveram a recomendação neutra e preço-alvo de R$ 20,00 por ação.
Quanto ao Magazine Luiza, pontuaram dinâmica desafiadora de receitas e fluxo de caixa livre negativo no trimestre. Eles reiteraram recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 4,50 por ação.
Já para a Via, Eiger, Senday e Suedt escreveram que as vendas em desaceleração, a rentabilidade pressionada e a queima de caixa na ordem de R$ 1,2 bilhão foram os fatores negativos do balanço. Analistas mantiveram recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 3,00 por papel.