Educação financeira nas escolas: mudança de “mindset” precisa ocorrer na sociedade brasileira

Diversos países desenvolvidos já introduziram conceitos de educação financeira nas escolas para jovens e crianças, pois esse é um tipo de conhecimento que exerce influência em todos os aspectos de nossas vidas. O Brasil ocupa a posição 74ª no ranking global de alfabetização da população em educação financeira, conforme a pesquisa “S&P Ratings Services Global Financial Literacy Survey”, da Standard & Poor’s. Portanto, a mudança de mindset precisa ocorrer na sociedade brasileira de forma urgente. 

Educar uma criança financeiramente começa em casa com o apontamento de simples tarefas para uma rotina saudável, o que automaticamente traz a mensagem da importância do planejamento diário de vida.  As questões de limites e disciplinas diárias começam em casa, com a família, que deve apontar uma rotina saudável, com deveres e direitos de uma criança. A escola pode agir dentro de um universo mais extenso, sendo que, daqui a 15 anos, uma criança precisará ter um planejamento de vida, com metas, conquistas e desafios.

Os professores e as escolas podem contribuir muito para a construção de um ser humano mais seguro em relação a diversos aspectos da vida.  Todos os profissionais de educação precisam acreditar, cada vez mais, que é possível mudar a trajetória de um ser, independentemente de sua classe social, logo nos anos iniciais de vida, com conceitos de educação financeira.

Mas o que precisamos? De estímulo às crianças para que acreditem que possam mudar seu destino, que é possível conquistar, melhorar, superar e vencer. A partir de um programa educacional com metodologia própria e conteúdo que atendam às recomendações para a educação do nosso País, desenvolvido por um corpo docente, com certeza, o futuro de nossas crianças trará esses valores.

Por meio de atividades apropriadas para cada faixa etária do ensino Fundamental I e II, os alunos podem prender sobre os princípios e mecanismos que norteiam o universo das finanças, assim como: influência das emoções no comportamento financeiro; necessidade ou desejo; consumo consciente e preservação ambiental; planejamento da rotina; crenças, valores, economia, poupança, investimento, seguro, previdência, taxa de juros, cartão de crédito e ações, entre outros.

A escola deve trazer o contexto da educação financeira (economia com o dinheiro da mesada, juntar dinheiro para  comprar chocolate, conquistas X comportamento, entre outros exemplos) e a parte específica do dinheiro (o que é o dinheiro, onde surgiu o dinheiro e sua  importância social).

A partir disso, escolas e professores precisam inserir seus alunos dentro do conceito de educação financeira, para que os pequenos entendam que é possível ter sua liberdade financeira, dentro da ética, moral e atitudes que ajudem o próximo.