A B2W e a sua controladora Lojas Americanas (LAME4) pretendem desenvolver um “superapp”, aplicativo que permite ao consumidor fazer compras, pedir comida, pagar contas, utilizar meio de transporte e resolver todas as questões cotidianas. Praticamente um aplicativo de “estilo de vida” numa única plataforma através do telefone celular.
O objetivo da B2W é transformar a carteira digital da Ame, empresa criada para oferecer descontos e estimular as compras nos diversos sites da companhia (americanas, submarino e shopfacil), numa empresa independente.
A nova empresa tem participação de 56,92% das Lojas Americanas e a B2W com 43,08 por cento de participação da Ame Digital.
Segundo o Fabio Abrate, diretor financeiro da B2W: “A gente entende que pode transformar esse negócio num ‘superapp’, ou seja, incluir uma série de serviços e funcionalidades para que de fato a Ame conviva com o cliente desde a hora que ele acorda, até a hora que vai dormir”.
A notícia é positiva para o preço das ações (BTOW3) no curto prazo. Na sexta-feira (9), as ações da B2W tiveram desempenho bastante positivo, com alta de 17,75%, comparado à queda de 0,1% no Ibovespa.
Acreditamos que o anúncio do “superapp”, durante teleconferência com analistas de mercado na sexta-feira (9), contribuiu com a alta das ações da B2W no curto prazo, além da geração de caixa pela B2W no resultado do segundo trimestre de 2019.
A administração da B2W não descarta a entrada de novos sócios no negócio no futuro. Segundo o diretor financeiro: “Tem muita gente boa ao redor do mundo fazendo muito bem esse tipo de iniciativa, então, eventualmente trazer um parceiro estratégico pode ser importante para uma aceleração ainda maior da Ame.”
O aplicativo da AME Digital já conta com 3,2 milhões de downloads, mas a empresa não informou a quantidade de clientes ativos.
Essa é a nova corrida digital pelos consumidores: as empresas oferecem descontos através do “cashback” (dinheiro de volta) nos aplicativos, algo muito comum hoje em dia com empresas como Ifood, Rappi, James e outras do segmento de varejo.
Por último, as empresas brasileiras estão procurando seguir o caminho das empresas gigantes chinesas como Alibaba com o “Alipay” e o Tencent com o “Wechat”.
A B2W tem o audacioso plano de tentar se tornar a “Amazon Brasileira”, mas a concorrência é forte e não existem barreiras de entrada.