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Análise Levante - Oi (OIBR3 e OIBR4), o plano para se recuperar

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A Oi apresentou nesta terça-feira (16) seu plano de ação para tentar sair do fundo do poço. É um projeto ambicioso, com alguns pontos que mais geram dúvidas do que respostas.

A Oi passa por um momento muito delicado com sua Recuperação Judicial (RJ). Seu principal objetivo é gerar uma economia para focar na operação e retomar.

A primeira impressão foi positiva e bem recebido pelo mercado. As ações inclusive chegaram a subir num primeiro momento. Só que o mercado parou, pensou e analisou, o que fez OIBR3 fechar em queda de 3%.

O plano da Oi envolve a venda de ativos que devem atingir entre 6,5 e 7,5 bilhões de reais. Entre eles, a venda da angolana Unitel e de algumas torres de telefonia móvel. O processo de venda dos ativos planejados será realizado até 2021. A preferência será por ativos considerados não essenciais.

Além da venda de ativos, a Oi planeja reduzir custos operacionais em 1 bilhão de reais também até 2021. Acreditamentos que essa parte de redução de custos operacionais não é trivial de ser implementada e realizada. Com os 4 bilhões de reais já injetados na empresa e mais 2,1 bi de reais (que pode chegar até 3,1 bi) de créditos fiscais a receber do governo, o plano pode gerar um impacto positivo de 12,5 bi de reais (na melhor das expectativas, 14,5 bi).

Com a redução em ativos não essenciais, o objetivo principal fica por conta de realizar uma expansão acelerada no segmento de fibra ótica, o que faz sentido vista a posição de liderança neste setor. O plano é bem ambicioso, e tem como objetivo atingir 16 milhões de casas até o ano de 2021. Atualmente, a rede cobre 1,2 milhão de residências.