Por Eduardo Guimarães*
Tudo indica que um movimento mais intenso de corte de juros deve ser puxado pelo Fed (banco central americano) a partir da semana que vem, sendo acompanhado por demais bancos centrais ao redor do mundo. Hoje, o BCE (banco central europeu) anunciou a manutenção da taxa no continente, mas sinalizou sua intenção de manter uma política monetária expansionista por causa dos dados mais fracos de crescimento.
Os juros mais baixos vão trazer duas consequências importantes. A primeira é impulsionar as economias e manter o crescimento; o segundo (o que importante para o mercado brasileiro) é gerar um fluxo de recursos financeiros para países com maior risco do que os dos países centrais, com o objetivo de gerar maior retorno.
No Brasil, a surpresa prometida por Paulo Guedes, o saque-aniversário a partir do ano que vem, não fez os olhos dos brasileiros brilharem. A injeção na economia deve ser de 42 bilhões de reais e,se tudo caminhar como o planejado, o impacto pode ser de 0,35 ponto percentual no PIB. Mas é importante destacar que a medida ainda precisa passar pela Câmara. Com apoio de Maia, tudo indica que a aprovação ocorrerá no curto prazo sem grandes percalços.
A temporada de resultados corporativos segue a pleno vapor com a divulgação de números de grandes empresas, o destaque de hoje é para os números do Bradesco (BBDC4) e do Pão de Açúcar (PCAR4).
Essa notícia é positiva para a Bolsa e,assim, o dia deve ser positivo para os ativos locais. O clima é de maior positividade – aliada com os resultados, e também com os mercados externos mais animados.
*Eduardo Guimarães é especialista em ações na Levante, empresa de recomendações, análises e carteiras de investimentos. Esta coluna é de inteira responsabilidade da Levante e não reflete, necessariamente, a opinião da SpaceMoney.