Reajuste

Aneel autoriza aumento de 52% no valor da bandeira tarifária vermelha 2

Cobrança passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos

- Daniel Reche/Pexels
- Daniel Reche/Pexels

Nesta terça-feira (29), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste nos valores das bandeiras tarifárias – cobrança adicional aplicada às contas de luz quando o custo de produção de energia aumenta.

O maior reajuste aconteceu na bandeira vermelha patamar 2, atualmente em vigor no país, que passou de uma cobrança extra de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos – uma alta de 52%.

O novo valor entra em vigor a partir de julho, conforme informou a Aneel na última sexta-feira (25). Em razão da crise hídrica, a agência reguladora espera que a bandeira vermelha patamar 2 vigore até novembro.

"Em junho, as afluências nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) estiveram entre as mais críticas do histórico. Julho inicia-se com mesma perspectiva hidrológica desfavorável, com os principais reservatórios do SIN em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano, o que sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e elevada necessidade de acionamento de recursos termelétricos", diz a Aneel, em nota.

"Essa conjuntura pressiona os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD), levando à necessidade de acionamento do patamar 2 da bandeira vermelha. O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada", completa.

Apesar do momento, Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, negou possibilidade de racionamento em pronunciamento realizado em cadeia nacional no rádio e na televisão na noite de segunda-feira (28).

“Precisamos deixar claro que o sistema elétrico brasileiro evoluiu muito nos últimos anos. Conseguimos avanços históricos, interligando o sistema em escala nacional e duplicando as linhas de transmissão. Ao mesmo tempo reduzimos nossa dependência das usinas hidrelétricas de 85% para 61%, com a expansão das usinas de fontes limpas e renováveis, como eólica, solar e biomassa, além de termelétricas a gás natural e nucleares”, enumerou Bento Albuquerque.

No fim do pronunciamento, o ministro pediu calma à população. “É com serenidade, portanto, que tranquilizamos a todos. Estamos certos de que, juntos, superaremos esse período desafiador e transitório”, concluiu.

– Agência Brasil, Aneel e G1.