A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para novembro será amarela, resultando em uma cobrança adicional de R$ 1,885 para cada 100 kWh consumidos.
A decisão representa um alívio para os consumidores, após dois meses consecutivos de bandeira vermelha patamar 2. Esse é o nível mais alto, com uma tarifa adicional de R$ 7,877 por 100 kWh.
Motivos para a redução da bandeira tarifária
A Aneel justificou a redução da bandeira tarifária pela melhoria nas condições de geração de energia no país, embora a previsão de chuvas nas regiões das principais hidrelétricas ainda esteja abaixo da média.
Isso sinaliza que o sistema interligado nacional (SIN) ainda precisa complementar a geração com usinas termelétricas, que têm um custo mais alto.
Como funcionam as bandeiras tarifárias?
Criadas em 2015, as bandeiras tarifárias indicam os custos variáveis da geração de energia elétrica. São três níveis principais:
- Verde: Sem cobrança adicional.
- Amarela: Cobrança de R$ 1,885 por 100 kWh.
- Vermelha Patamar 1 e 2: Cobranças de R$ 4,463 e R$ 7,877 por 100 kWh, respectivamente.
Em caso de escassez severa, como aconteceu entre 2021 e 2022, foi instituída uma bandeira de escassez hídrica, com uma cobrança extra de R$ 14,20 por 100 kWh.
Divisão do SIN
O Sistema Interligado Nacional (SIN) organiza o fornecimento de energia elétrica no Brasil, dividindo-o em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte.
Esse sistema interligado abrange praticamente todo o território nacional, exceto algumas áreas isoladas, principalmente na Região Norte e em Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima.
Impacto ao consumidor
A Aneel ressalta que as bandeiras tarifárias permitem que o consumidor acompanhe o custo da energia e ajuste seu consumo conforme o nível de bandeira em vigor.
“Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”, diz a agência.