
A ANEF (Associação Nacional de Empresas Financeiras das Montadoras) divulgou nesta sexta-feira (20) o levantamento dos números alcançados pelas instituições financeiras do setor automotivo no primeiro trimestre de 2021.
Nos seis primeiros meses do ano, houve um crescimento expressivo de 45,2% no total acumulado de recursos liberados para financiamentos de veículos, totalizando R$ 92,6 bilhões, frente aos R$ 63,8 bilhões registrados até junho de 2020, em um cenário afetado pela pandemia de Covid-19.
Segundo a associação, os dados “indicam forte tendência de alto no crescimento do mercado automotivo e, consequentemente, da economia brasileira, uma vez que o setor atua como importante termômetro”.
Por conta do cenário, a entidade elevou as projeções para o fechamento de 2021. Em janeiro, a perspectiva para os recursos liberados era de crescimento de 12,5% atingindo R$ 176,3 bilhões. Agora, a ANEF revisou a expectativa de aumento para 14,9%, comparado com o acumulado de 2020, chegando à casa dos R$ 180,1 bilhões.
Para o presidente da ANEF, Paulo Noman, as projeções positivas para 2021 se confirmaram no primeiro semestre, instaurando um novo momento para o setor.
“Os resultados mostram que o total de recursos liberados voltou a atingir níveis pré-pandemia e o saldo das carteiras mantém ritmo de alta. No entanto, há muitas variáveis agindo sobre a cadeia produtiva do setor, bem como a conjuntura nacional. Os bancos de montadora têm atuado de forma estratégica, criando soluções adequadas para cada momento, auxiliando no escoamento da produção”, avaliou o executivo.
O pagamento via Finame na categoria de caminhões e ônibus encolheu 12 pontos percentuais no primeiro semestre, chegando aos 20%, mesmo patamar observado no fechamento de 2019. A modalidade encerrou 2020 representando 32% de todos os pagamentos. Historicamente estáveis, as demais modalidades mantiveram os níveis observados nos últimos cinco anos; para veículos e comerciais leves, a média dos financiamentos tem permanecido na casa dos 50% e, no caso das motocicletas, em torno de 40%.
*Com informações da Assessoria de Imprensa da ANEF