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Petrobras (PETR3)(PETR4): petroleiros e estatal se reúnem com ANP para encerrar paralisação na Bahia

Desligamento pode comprometer a produção de 20 mil barris de petróleo por dia

Campo de Papa-Terra - Petrobras
Campo de Papa-Terra - Petrobras

Nesta terça-feira (13) os representantes do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), ligado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), reuniram-se com representantes da Petrobrás e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com o intuito de discutir a decisão da ANP de mandar a companhia paralisar todas as suas atividades em campos de petróleo e gás na Bahia.

O Sindipetro-BA solicitou no encontro o adiamento da paralisação e um prazo adicional para que os problemas e irregularidades encontrados pudessem ser resolvidos.

“Não vemos necessidade em parar toda a produção para resolver problemas que os próprios técnicos da Petrobrás falaram que têm como solucionar enquanto as unidades estão em operação."

A Petrobras recebeu uma notificação oficial da ANP, para que a empresa paralise todas as suas atividades em seus campos de petróleo e gás na Bahia em até 72 horas.

Essa decisão foi tomada após auditoria, iniciada no dia 5 de dezembro, em campos que vão de Bálsamo a Taquipe e que fazem parte do Polo Bahia Terra.

Essa ação foi contestada pela Petrobras, onde propuseram prazos para corrigir os problemas, que de fato existem. Mas a ANP não aceitou, enviando a notificação e indicando a parada total dos campos.

O Sindipetro-BA calculou a dimensão do impacto, caso a ANP insistacom a ordem da paralisação total das atividades. 

Segundo dados levantados pelas equipes de campo, estará comprometida a produção de 20 mil barris de petróleo por dia, com impacto direto de R$ 4 bilhões de faturamento bruto por ano.

Caso aconteça, a medida afetará diretamente o orçamento de sete municípios situados no Estado da Bahia (Esplanada, Cardeal da Silva, Entre Rios, Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé e Araças), que deixarão de receber o pagamento de royalties e ISS (Imposto sobre Serviço), essenciais à manutenção de serviços públicos fundamentais às populações afetadas.

O sindicato baiano calcula que a paralisação, sem a adoção de medidas mitigatórias, poderá gerar cerca de 4.500 demissões, por parte de empresas que prestam serviços à Petrobras nestas áreas.