Muito se fala sobre evitar perdas nos investimentos, mas é um tanto difícil prever como o mercado se comportará a longo prazo. Entretanto, o modo como você enxerga essas mudanças pode dizer muito sobre você e sobre seus investimentos.
A Percepção de Risco, chamada por alguns estudiosos de tolerância ao risco é a capacidade que temos, como seres humanos, de suportar uma possibilidade de perda.
Antes de entrarmos em mais detalhes sobre essa definição, precisamos entender melhor sobre um assunto em específico: a tolerância à dor.
Nós, como pessoas, temos a tendência a fugir de qualquer possível dor, seja ela física, emocional, financeira, social, ou de qualquer outro tipo. Esse nosso medo de perder – sendo a perda também vista como uma dor – é tão grande que muitas empresas usam disso, por meio de estratégias de marketing, para convencer seus clientes.
Agora que já temos isso em mente, entender a Percepção de Risco fica mais fácil.
Em resumo, podemos dizer que ela é uma forma de entendermos como cada investidor costuma agir em cada situação, tudo em relação a fuga da dor.
Assim, ao compreender em detalhes como essa tolerância funciona, você será capaz de prever algumas movimentações do mercado e ficar mais atento para não ser atingido por gatilhos mentais de dor.
Se interessou no assunto? Então continue conosco e descubra tudo o que precisa!
A percepção de risco de acordo com o perfil do investidor
O perfil de cada investidor é crucial para entender como ele enxerga a percepção de risco. Desse modo, os dividimos em 3 principais tipos.
Por mais genérico que pareça ser, é importante que você tente se encaixar em apenas uma das categorias que vamos descrever para que seja capaz de entender como a sua própria tolerância funciona.
Investidor Conservador – O investidor conservador é aquele com baixa tolerância ao risco. Ele tem grande medo da perda e por isso se preocupa com as oscilações do mercado mais do que os outros investidores.
Ele prioriza a segurança de seu capital investido e sente a necessidade de preservar seu patrimônio com unhas e dentes. Desse modo, nada o deixa mais feliz do que a previsibilidade. Esse tipo de investidor costuma procurar por aplicações em Tesouro Direto e CDBs.
Investidor Moderado – Com uma média tolerância ao risco, o investidor moderado irá prezar pela segurança de seus investimentos, mas não se preocupa em arriscar um pouco quando prevê uma boa rentabilidade. Assim, ele tem a maior parte de seus investimentos na renda fixa, mas pode aplicar um percentual da sua carteira em ativos de renda variável.
Para saber dosar a quantidade de riscos que ele deseja explorar, costuma investir em Tesouro Direto, CDBs, CDIs, ações e fundos imobiliários.
Investidor Agressivo – Por fim, o investidor agressivo é aquele que tem alta tolerância aos riscos e não se importa de investir em buscas de grandes retornos, mesmo que tenha que abrir mão de sua segurança para isso.
Assim, ele costuma reservar a maior parte de seus investimentos para produtos mais arriscados, ou seja, se concentra nas rendas variáveis. Suas áreas de maior interesse são ações, contratos futuros e criptoativos.
O comportamento e a percepção de risco do investidor
Agora que já sabemos com detalhes como cada investidor vê a percepção de risco, precisamos entender como isso funciona na prática. O comportamento humano varia não apenas de pessoa para pessoa, mas de meio para meio e até mesmo de dia para dia. Contudo, somos capazes de segmentar tais hábitos em algumas estratégias.
Uma delas é a chamada Pirâmide de Maslow. Desenvolvida dentro do campo da psicologia, a pirâmide irá organizar as necessidades humanas em uma hierarquia de prioridade. Talvez você pense: O que isso tem a ver com a tolerância de riscos para investimentos?
Bem, tem tudo a ver! Afinal, nossa tolerância muito se dá a como vemos nossas necessidades. Assim, ao compreender essa hierarquia de maslow, podemos entender como nos portamos e como somos influenciados por essas necessidades.
Ou seja, tudo se resume a compreender nosso comportamento para que não sejamos pegos em armadilhas.
Muitas empresas usam de gatilhos mentais para tornar suas propostas mais atrativas. não se deixe cegar pelo mercado. Entenda que tipo de investidor você é e como sua percepção de risco funciona, assim poderá se encaixar nas melhores oportunidades de investimentos.
Conclusão
A tolerância ao risco é um assunto essencial para quem é, ou deseja ser, um investidor. Pelo motivo de que o tema te dará amparo para entender diversas outras questões do mercado.
Ao identificar que tipo de investidor você é, conseguirá compreender como você, seu mercado, a concorrência e seus investimentos se comportam, evitando cada vez mais a perda, mesmo que sua tolerância seja alta.
Foque seus esforços em se conhecer como investidor e comece a usar a percepção de risco ao seu favor!
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