A prefeitura de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (8) que entrará com uma ação civil pública contra a empresa de energia Enel devido ao descumprimento de um acordo com a capital paulista e outras normas legais – medida vem em resposta ao apagão que afetou a cidade após um temporal na última sexta-feira, deixando pelo menos 30 mil pessoas sem energia elétrica.
A Enel, que atua na capital paulista e em 23 cidades da região metropolitana, havia prometido restabelecer o fornecimento de energia até a última terça-feira (7), porém, muitos consumidores ainda permanecem sem o serviço.
Como resultado, a prefeitura também notificará o Procon e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que medidas sejam tomadas contra a empresa.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) realizou uma reunião com a Enel na última terça-feira, na qual propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A proposta visa a indenização dos consumidores que ficaram sem energia elétrica no estado. A Enel tem um prazo de 15 dias para responder à proposta.
Os problemas decorrentes do apagão também resultaram em manifestações de moradores, que bloquearam vias na Grande São Paulo na terça-feira. Na Avenida Giovanni Gronchi, na zona sul da capital paulista, manifestantes atearam fogo em objetos na rua, e um policial militar foi atingido por uma bala e levado ao hospital, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Além disso, pela manhã, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizaram uma manifestação em frente ao prédio da Enel, localizado no bairro do Morumbi. A situação permanece em constante desenvolvimento, enquanto a prefeitura busca responsabilizar a empresa de energia Enel pelo apagão e suas consequências.