Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – Apesar de ter registrado lucro líquido de R$ 61,6 milhões no terceiro trimestre, queda de 29,2% em relação ao mesmo período do ano passado, as ações da Iguatemi (SA:IGTA3) operavam em alta na manhã desta sexta-feira (6), impulsionadas por sinais de recuperação nas vendas dos lojistas.
Em alta de 0,65%, os papéis eram negociados a R$ 32,54 às 12h30, tendo alcançado a máxima de R$ 33,17 no dia, contra mínima de R$ 31,53. O volume negociado foi de R$ 43,25 milhões. O Ibovespa, por outro lado, apresentava queda de 0,54%, aos 100.210 pontos.
A Mirae Asset aponta que os resultados vieram abaixo do esperado, mas acredita que o pior já passou e que o quarto trimestre será de recuperação. Além disso, destaca que o cenário de juros e de inflação baixos, além da redução das medidas de isolamento social, são benéficos para a empresa. Assim, a corretora mantém recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 40,70.
Para a XP, os resultados mistos mostram recuperação após meses desafiadores. Para os próximos trimestres, a corretora espera a continuidade da recuperação após a ampliação do horário de funcionamento dos shoppings. A corretora recomenda Compra para a ação, com preço-alvo de R$ 41.
Balanço
A companhia afirmou que a inadimplência líquida dos lojistas foi de 13,4% no trimestre, um crescimento de 13 pontos percentuais sobre o mesmo período do ano passado. Mas afirmou em balanço divulgado nesta quinta-feira que “esse indicador vem se mantendo estável mesmo com a retomada nas cobranças de aluguel”.
As vendas mesmas lojas recuaram 37,5% e os aluguéis mesmas lojas caíram 28,5%. As vendas totais somaram R$ 1,8 bilhão no trimestre, queda de 45,2% sobre um ano antes.
Segundo a empresa, atualmente todos os 16 shopping centers operados pela Iguatemi estão com operação ativa, sendo que 11 deles estão funcionando em regime de 12 horas, 1 durante 11 horas, 2 durante 10 horas e 2 por 8 horas.
A Iguatemi terminou setembro com uma relação dívida líquida sobre Ebitda de 3,11 vezes ante 2,03 vezes no fim de 2019. A dívida total era de 2,88 bilhões de reais e as disponibilidades somavam 1,17 bilhão de reais.
Com colaboração da Reuters