O Bitcoin, maior criptomoeda do mundo, foi o centro das atenções nos últimos dias.
Nos últimos dias, duas movimentações abalaram fortemente o mercado global de criptomoedas. O Banco do Povo da China (PBoC) emitiu um alerta de que moedas digitais não podem ser usadas como forma de pagamento porque não são moedas reais, já o CEO da Tesla, Elon Musk, suspendeu a venda de carros da companhia com pagamento em bitcoins.
Esses dois fatores fizeram com que o valor de mercado total das criptos chegasse a cair mais de US$ 720 bilhões em cerca de 12 horas, batendo mínima de US$ 1,350 trilhão em circulação no mercado.
Para a educadora em finanças pessoais, Carol Stange, é preciso que os investidores entendam a melhor forma para lidar com esse tipo de ativo. Existem algumas formas de adquirir as criptomoedas e as mais comuns são “peer-to-peer”, ou seja, de pessoa para pessoa; através de corretoras de criptoativos, ou exchanges; e os ETFs, que também são um investimento via fundo, mas que tem suas cotas negociadas em bolsas de valores.
“Atuar nesses primeiros modelos é arriscado para o investidor iniciante, pois nem sempre esse investidor está familiarizado com os termos e com o funcionamento do mercado. É preciso conhecimento prévio de como as coisas funcionam para minimizar riscos e aumentar a segurança do processo", afirma.
E também "comprar criptomoedas diretamente das exchanges e corretoras exclusivas desse tipo de ativo igualmente envolve riscos, sejam eles ligados à custódia dos ativos, que são de responsabilidade do usuário, seja o de cair em um golpe, já que não é incomum aparecerem corretoras falsas no mercado. Após cair no golpe, o investidor fica sem tem a quem recorrer ou como recuperar o dinheiro perdido” alerta a educadora.
Outro ponto a ser considerado é o tipo de “estômago” que o investidor tem para aguentar as fortes oscilações desse mercado.
“Para quem ainda não está acostumado com a volatilidade, sugiro começar com um montante que possa ser considerado um custo de aprendizado, onde o investidor separe um valor para entender, na prática, como esse mercado funciona e ajude-o a não sofrer desnecessariamente durante as oscilações da moeda. As variações fazem parte desse jogo”.
Stange aconselha que seja destinado até 5% somente do patrimônio líquido total do investidor para esse tipo de operação.
“Vejo muito fortemente dois perfis no mercado das moedas virtuais: os investidores iniciantes, que no afã de aumentar exponencialmente seu patrimônio, investem quase a totalidade de seus recursos nesse tipo de produto ignorando os riscos e acreditando que enriquecerão rapidamente, e os otimistas em relação ao futuro do dinheiro digital. Assim como os otimistas, eu também acredito que essa tecnologia está revolucionando a forma como lidamos com o dinheiro, mas a cautela deve falar mais alto do que a emoção, afim de que decisões erradas não comprometam nossa saúde financeira”.
Com informações de AKS Assessoria de Imprensa & Comunicação.