Após atingir o valor recorde de 63 mil dólares, em 13 de abril, o Bitcoin caiu para 52 mil dólares, na noite da última quinta (22). Apesar da queda, Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, empresa de consultoria financeira na área de moedas digitais, destaca que oscilações como essa são comuns no mercado e e que o cenário ainda está positivo.
"Não se tem um motivo específico para essa queda, visto que diversos fatores influenciam as moedas digitais. Mas, ainda assim, o Bitcoin está com valorização de 480,04% de outubro de 2020 até março de 2021, e já recuperou parte das perdas dessa última alteração no gráfico", explica.
Como o mercado de criptos é altamente correlacionado, é comum que outras moedas sejam influenciadas pelas alterações que o Bitcoin passa, salvo raras exceções. "Isso ocorre porque o Bitcoin é a primeira criptomoeda que as pessoas conhecem, então o dinheiro entra primeiro ali e, depois, quando essa pessoa começar a estudar sobre altcoins e entender melhor o mercado, ela investe dinheiro em outras moedas. Por isso, o Bitcoin é sempre o mais importante", explica Tasso.
Algumas criptomedas são pareadas com o dólar, de 1 para 1, como a Tether (USDT) e TrueUSD (TUSD), e teoricamente não têm grandes alterações. Lago alerta que "só vale a pena investir nelas se quiser deixar o dinheiro parado em dólar, ficando sujeito apenas à exposição cambial, que é a oscilação do dólar".
A chegada do IPO da Coinbase, empresa que facilita a compra, armazenamento e venda de criptomoedas, aliada às movimentações de empresas como VISA, Tesla e Pay Pal na última semana, trouxe não só ganhos, mas também maior credibilidade ao mercado de moedas digitais.
"Essas operações trazem um hype para a tecnologia e agregam valor às organizações pela inovação. Isso ajuda também a cativar confiança nas pessoas que antes não associavam Bitcoin a um investimento sério", conclui o fundador da Financial Move.
Informações da Hoch Muller Comunicação Integrada