ARTIGO - Temporada de IPOs no Brasil e o mercado de investimentos

*Por Ale Boiani

Com a queda da taxa de juros nos últimos anos, o brasileiro começou a investir mais no mercado de bolsa de valores e a tendência se manteve mesmo agora com o ciclo de alta da Selic, a quarta consecutiva, que chegou aos 5,25% ao ano. Diante deste cenário, podemos observar nos investidores uma mudança de pensamento e de comportamento que nos faz reavaliar e entender que investir em uma ação não é uma loteria, e sim acreditar e apostar no crescimento de uma empresa.

A B3, única bolsa de valores que opera no Brasil, tem aproximadamente 40% das 400 empresas atuando em commodities. Recentemente empresas de outras áreas em pleno crescimento têm feito abertura de capital em áreas como saúde, tecnologia e mercado pet. Em 2021 já tivemos perto de 30 empresas abrindo capital, e se somarmos com os IPO's de 2020, a representação é de ¼ das empresas atualmente listadas.

Apenas no mês de julho, os IPOs movimentaram cerca de R$ 4,3 bilhões. Foi um mês bastante agitado na B3. No total, 12 novas companhias, de diversos setores, escolheram a bolsa do brasil para abrir capital, e dentre as ofertas do mês estão Smart Fit (SMFT3), 3tentos (TTEN3), Multilaser (MLAS3) e ClearSale (CLSA3). Também neste mês tivemos o maior IPO do ano no Brasil, com a abertura de capital da Raízen, uma das maiores produtoras de Etanol e açúcar do mundo. Para se ter uma ideia, a capacidade de processamento de cana em milhões de toneladas é de 105 milhões, enquanto na China inteira, é de 76 milhões, de acordo com a RI Raízen.